+ Agro: programa especial vai mostrar os 100 anos de soja no Brasil

O + Agro especial vai ao ar a partir das 14h, depois do programa É bem Mato Grosso, na TV Centro América

Neste sábado (28), o +Agro vai exibir um programa especial sobre os 100 anos da chegada da soja no Brasil. Uma história incrível que mudou os rumos da economia nacional, tornando o país um dos maiores exportadores do grão.

De acordo com os registros históricos, a primeira lavoura de soja do Brasil foi cultivada no município de Santa Rosa (RS). As sementes foram trazidas pelo pastor norte-americano Albert Lehenbauer, no ano de 1923.

As sementes chegaram do Rio Grande do Sul depois de 30 dias atravessando o oceano em um navio. Aqui, foram distribuídas a quatro famílias que cultivaram o grão, em princípio para alimentar os porcos.

Endrio Francescon entrevista o produtor Charles Luciano Kruger. (Imagens: Chico Gomes e Fábio Rodrigues)

De lá para cá, eles foram aprendendo como lidar com a oleaginosa e a produção foi avançando. Com o advento da pesquisa, as sementes foram adaptadas e a produção aumentando.

As lavouras também foram se expandido. Do Rio Grande do Sul chegou a Santa Catarina, ao Paraná, até alcançar Mato Grosso, na década de 70. Os pioneiros contam que nos primeiros anos, só se plantava arroz em solo mato-grossense, pois as sementes trazidas do Paraná não se adaptam.

O agricultor Ignácio Schevinski chegou no Estado em 1976 e conta como foi a evolução da soja na região de Sorriso, a 420 km de Cuiabá.

No começo, a produtividade era de 20 a 30 sacas por hectare. Hoje, o estado produz de 60 a 70 s/ha.

E isso também tem a contribuição da pesquisa, que conseguiu o desenvolvimento de plantas adaptadas ao clima mato-grossense e assim, os agricultores conseguiram expandir, colocar o estado como um dos maiores produtores e exportadores deste grão.

“Eu acho que a tecnologia tem bastante destaque nesses 100 anos, não apenas na tecnologia empregada na lavoura, com máquinas de última geração, mas com a pesquisa que trouxe soluções para as necessidades de cada estado e não apenas de Mato Grosso”, comentou o jornalista e repórter de agro, Bruno Bortolozo, que há quase 15 anos atua na cobertura de assuntos relacionados ao agronegócio.

No cenário tecnológico, a produção de soja avançou extraordinariamente, saindo de equipamentos manuais ou de tração de animais para máquinas que funcionam de forma remota.

Museóloga Karina Muniz Viana fala sobre a tecnologia no campo. (Imagens: Chico Gomes e Fábio Rodrigues)

“O que acho mais fascinante em toda história da produção de soja são as pessoas envolvidas que, conseguiram se adaptar e evoluir junto com o processo produtivo. Elas se adaptaram e continuam se adaptando às mudanças climáticas, à evolução das máquinas. Tudo isso exige mente aberta e flexibilidade, então eu admiro demais as história dos produtores que acompanham e evoluem junto com a produção”, disse a jornalista Kátia Krüger, apresentadora do + Agro e que também atua na cobertura do agro há mais de 15 anos.

O programa deste sábado (28) também vai mostrar que de alimentos para porcos, a soja se tornou um biocombustível e que hoje, além de muitos destinos, é usada também para abastecer carros.

Geração de emprego

O agro é o setor responsável pela maior parte dos empregos gerados no Estado. Também se tornou a base da economia e o fator que proporcionou a inserção de Mato Grosso no mercado internacional, como um dos maiores exportadores de grãos.

O + Agro especial vai ao ar a partir das 14h, depois do programa É bem Mato Grosso, na TV Centro América.

Produção do programa

E para que essa história pudesse ser contada, além dos protagonistas – que são os produtores rurais, os pesquisadores e os diversos profissionais do agro – há também os que trabalham na frente e atrás das câmeras para que todos possam conhecer um pouco mais sobre a história da soja e, consequentemente, de Mato Grosso.

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Kátia Krüger e a equipe de reportagem. (Foto: arquivo pessoal)

A equipe de reportagem, composta também por cinegrafistas e auxiliares, enfrentam sol e chuva fora da redação para mostrar o que acontece no campo.

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Repórter cinematográfico Juacir Rodrigues e, ao fundo, Bruno Bortolozo (de preto). (Foto: arquivo pessoal)

Dentro da redação, os editores de imagem selecionam os melhores ângulos e vídeos para que, quem está em casa, posso conhecer “de perto”, o que é desenvolvido na lavoura.

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Na redação, os editores Franciele Daiane e Rodolfo Zompero. (Foto: arquivo pessoal)