Alternativa para o Vale do Rio Cuiabá
Alguém tem uma pequena porção de terra, não pode ter agricultura extensiva ou usar máquinas ou coisa assim. Por que não fazer como em Aripuanã?
Em Aripuanã, em pequenas propriedades, estão plantando banana e cacau. Propriedades de cinco ou seis hectares e seus donos caminhando nessa direção com apoio do programa Agricultura Familiar, Embrapa está também dando suporte. Os muitos comentários foram positivos sobre o assunto.
Alguém tem uma pequena porção de terra, não pode ter agricultura extensiva ou usar máquinas ou coisa assim. Por que não fazer como aquele caso que está ocorrendo em Aripuanã?

Lugares que tem muita gente e pouca terra, o caminho é ter algum tipo de produção e que as famílias tenham renda. Em Mato Grosso se criou a ideia de que tudo teria que ser em grandes extensões de terras. Não é mais assim e o caso de Aripuanã poderia servir de modelo para a esquecida Baixada Cuiabana.
Já se fez aqui outros comentários sobre essa realidade ou que a Baixada tem, em conjunto, o pior IDH do estado quando se analisa um grupo só. Tem alguns municípios com IDH mais baixo que os daqui, mas quando se coloca uma região inteira, o Vale do Rio Cuiabá é o pior.
Tirando Cuiabá e Várzea Grande da lista, os municípios da Baixada tem o seguinte IDH entre os 141 do estado. Santo Antônio do Leverger está na posição 114; Livramento, 129; Jangada 131; Acorizal 132 e Barão de Melgaço 138, somente três municípios do estado estão abaixo desse numero. Não se encontra outra região do estado que, em conjunto, tem o IDH regional tão baixo.
O escape para os jovens dessas localidades tem sido vir para Cuiabá ou Várzea Grande. Não conseguem ficar em seus municípios de origens sem emprego e renda. Se isso vem ocorrendo por décadas por que não merece um debate maior na região? Por que as universidades não estudam este caso e, dentro do razoável, apresentem alternativas para o futuro desta região?
Algum tempo atrás apareceu comentário de que aqui poderia ser um polo produtor de frutas, como manga, goiaba, caju, banana, abacaxi. Que, era o falatório do momento, poderia ter até irrigação para isso. Agua não seria problema não somente pala chuva, mas que poderia tê-la dos rios e até vir, se necessário, lá do Lago de Manso. Era só conversa fiada?
Não é tempo de se ter um projeto real e concreto para melhorar renda e qualidade de vida da população do Vale do rio Cuiabá? O exemplo poderia ser o caso de Aripuanã. Investir em produção de frutas nas muitas e pequenas propriedades espalhadas pela região.
Em Livramento se diz que quem nasce ali é papa banana. Querendo dizer que naquele município o plantio de banana é uma realidade. Por que não produzir mais para abastecer a área metropolitana da capital com cerca de um milhão de habitantes e, mais ainda, vender em outros lugares do estrado e do país? Se isso deslanchasse ali para valer quem sabe serviria de exemplo para outras localidades desta região.