Criança é atacada por arraia em Nobres e mãe relata desespero em busca de atendimento
Bombeiros alertam que a retirada do ferrão sem conhecimento pode agravar a situação
Um menino identificado como Murilo Henrique Silva da Cruz, de 8 anos, foi ferroado no domingo (28), por uma arraia, em um rio de Nobres, a 151 km de Cuiabá. A mãe, Bruna Taciane, relatou ao Primeira Página os momentos de desespero que passou com o filho, até o diagnóstico e a medicação correta.

“Meu filho não quer mais saber de rio depois do episódio, foram momentos de muita dor. Tudo começou com um passeio no final de semana com a nossa família. O Murilo entrou na água turva, e saiu gritando desesperado de dor. “
A mãe relata que em um primeiro momento, desconfiou que fosse outro animal. Porque a criança gritava e em sofrimento afirmava ter sido picado por uma cobra.
“Nós olhamos o lugar e visualizamos uma pequena picadinha e ao levarmos ele para o hospital notamos um vergãozinho, mas por não haver médico pediatra ele foi encaminhado para Cuiabá.”
O menino precisou ser forte porque do momento da picada até o atendimento correto e a medicação adequada foram mais de 10 horas.

“A falta de informação foi terrível, não sabíamos o que era e se poderia complicar ou não”, a mãe ponderou que falta diálogo sobre esse tipo de atendimento.
“É preciso ter mais informações sobre isso, até para os agentes de saúde instruírem melhor as vítimas desse tipo de acidente. Mesmo sendo da região, nunca tínhamos ouvido falar de ferroada de arraia, assim”, finalizou.
O Hospital e Maternidade Laura de Vicuna em Nobres, onde o menino foi previamente atendido, afirmou que dentro de suas possibilidades ofereceu o melhor tratamento. E que mediante ao quadro foi decidido a transferência para um hospital com mais recursos.
Como socorrer?
Segundo o Corpo de Bombeiros, caso ocorra algum acidente envolvendo arraia, a vítima deve ser encaminhada para uma unidade hospitalar o mais breve possível. Ainda, se atentar às questões que envolvam hemorragia.

“Se houver uma hemorragia aparente, esta deve ser estancada. Ao estancar uma hemorragia, tenha cuidado se o animal ainda estiver preso à vítima, para não agravar o ferimento.”
Em muitos casos de ferroada de arraia é comum fragmentos do ferrão ficarem alojados no local da ferida. Por isso, os cuidados devem ser estratégicos para não piorar a situação e sempre procurar um médico para a retirada.
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Comentários (1)
e se não tiver médico. que foi o caso do Murilo? se tem tantos acidentes assim. deveria ter mais recursos?? ridícula gestão…. temos que ter lazer e segurança né????