De comunicadoras a engenheiras: 10 curiosidades sobre as araras-azuis

Com habilidades de comunicação, construção de ninhos e uma impressionante ligação social, essas aves têm muito a revelar

As araras-azuis, conhecidas por sua majestosa plumagem azul-cobalto e hábitos sociais impressionantes, são uma das aves mais emblemáticas da fauna brasileira. Com habilidades de comunicação, construção de ninhos e uma impressionante ligação social, essas aves têm muito a revelar.

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

Confira 10 curiosidades fascinantes sobre as araras azuis:

1. Comunicação única

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

As araras-azuis utilizam sons, gestos e até posições corporais para se expressar. Cada ave possui uma “voz” própria, que facilita a identificação entre parceiros e filhotes, reforçando laços sociais essenciais.

2. Vida social intensa

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

Essas aves vivem em grupos de até 30 indivíduos e são altamente interativas. Além de “conversarem” entre si, costumam realizar brincadeiras e “preening”, comportamento em que limpam as penas umas das outras, fortalecendo os vínculos.

3. As maiores da família

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

Com até 1 metro de comprimento e peso de até 1,7 kg, as araras-azuis são as maiores representantes da família Psittacidae.

4. Especialistas em alimentação

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

A dieta é composta principalmente de sementes de palmeiras, como bocaiúva e acuri, que elas conseguem quebrar com a potência impressionante de seus bicos. A alimentação é geralmente em grupo, o que aumenta a proteção contra predadores.

5. Engenheiras ambientais

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

Essas aves constroem ninhos em cavidades de árvores, principalmente na manduvi. Elas aproveitam espaços abertos por outros animais e ampliam as cavidades, contribuindo para a biodiversidade, já que outros animais, como tucanos e gaviões, também utilizam esses ninhos.

6. Reprodução colaborativa

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

Os casais são monogâmicos e dividem tarefas como incubação dos ovos e alimentação dos filhotes. Geralmente, a fêmea põe de 1 a 3 ovos, com um período de incubação de 28 a 30 dias.

7. Crescimento dos filhotes

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

Os filhotes aprendem a voar com cerca de 3 meses e permanecem com os pais por até 18 meses antes de se juntarem a bandos jovens. Eles só atingem a maturidade reprodutiva entre 7 e 9 anos.

8. Habitats preferidos

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

No Pantanal, elas habitam áreas abertas com palmeiras, utilizando árvores nas bordas de capões para fazer ninhos. O Pantanal é o principal refúgio dessa espécie, abrigando cerca de 5 mil indivíduos.

Riscos à sobrevivência

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

A espécie enfrentou intensa captura ilegal para o comércio de aves até a década de 1980, além da destruição de habitats. Embora o tráfico tenha diminuído, ele ainda ocorre em menor escala.

Uma população em recuperação

(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)
(Foto: Reprodução/ Instituto Arara Azul)

Com projetos como o da Ong Instituto Arara Azul, que promove conservação e conscientização, a população de araras-azuis está se recuperando. Atualmente, existem cerca de 6.500 indivíduos, com a maioria concentrada no Pantanal.

As araras-azuis são mais do que um símbolo da biodiversidade brasileira. A preservação dessas aves é essencial para manter o equilíbrio ecológico e garantir que gerações futuras possam admirar sua beleza e inteligência.

Leia mais

  1. Fogo e destruição: o impacto do ambiente na sobrevivência das araras-azuis

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