Olha a cobra, é mentira! Conheça 3 animais que parecem, mas não são
Elas parecem cobras, mas não são! Conheça a cobra-cega, a cobra-de-duas-cabeças e a cobra-de-vidro e descubra suas verdadeiras identidades e características
Quando você pensa em cobras, provavelmente imagina criaturas escorregadias, sem braços ou pernas, deslizando pelo chão. Mas e se eu te dissesse que algumas dessas “cobras” não são cobras de verdade? Conheça alguns animais que, por pura semelhança, receberam nomes que não condizem com sua verdadeira identidade.

Cobra-cega (Ordem Gymnophiona)
Primeira da lista, a cobra-cega não é nada cega e, mais importante, não é uma cobra! Também conhecida como cecília, esse bicho é, na verdade, um anfíbio. Pense em sapos e salamandras – a cecília faz parte desse grupo. Sua aparência sem patas e corpo alongado confunde muita gente, mas elas têm mais a ver com sapos do que com serpentes.
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Cecílias vivem enterradas na terra, longe da luz do sol, o que explica seus olhos pouco desenvolvidos. Elas têm uma habilidade especial: pequenas antenas na cabeça que ajudam a sentir o caminho e detectar cheiros no ambiente. E tem mais! Essas “quase-cobras” têm glândulas que produzem muco na cabeça e veneno na cauda, tornando-as escorregadias e prontas para se defender.

Cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaenia)
Esse nome é uma baita pegadinha! A cobra-de-duas-cabeças tem só uma cabeça de verdade. Esse réptil, conhecido como anfisbena, não é uma cobra, mas tem um truque esperto: sua cauda parece tanto com a cabeça que engana predadores. Quando ameaçada, a anfisbena levanta a cauda, confundindo o inimigo, enquanto a cabeça real se prepara para atacar ou fugir.
Anfisbenas vivem a vida embaixo da terra, como verdadeiros habitantes do subsolo. Com olhos pequenos, elas dependem principalmente do olfato para navegar e identificar o que está ao seu redor. E mesmo não sendo venenosas, cuidado! Suas mordidas são bem doloridas.

Cobra-de-vidro (Ophiodes fragilis)
Por último, mas não menos importante, temos a cobra-de-vidro. Não se deixe enganar pelo nome – ela é, na verdade, um lagarto! Essa confusão acontece porque as cobras-de-vidro não têm pernas dianteiras, e as traseiras são bem pequenininhas.
O apelido “de vidro” vem de um truque impressionante: quando um predador pega sua cauda, ela se solta do corpo! Assim, a cobra-de-vidro escapa ilesa enquanto o inimigo fica com uma cauda se debatendo nas mãos. E elas nem precisam se preocupar porque a cauda cresce novamente depois de um tempo.
*Com informações do Instituto Butantan.