Onças domesticadas agem como gatos em santuário; especialista alerta
Vídeo divulgado nas redes sociais mostra onças ronronando para cuidadora, mas biólogo alerta que é preciso cuidado.
Um vídeo que mostra três onças-pintadas “ronronando” e interagindo carinhosamente com sua cuidadora, Anah Jácomo, do Instituto Onça-Pintada, ganhou destaque após ser compartilhado pela bióloga nas redes sociais. No entanto, graças ao vídeo, surgiu uma dúvida: é seguro interagir com as onças dessa forma?
Veja vídeo:
O Primeira Página conversou com o biólogo e pesquisador Romildo Gonçalves para entender se esse tipo de comportamento é comum entre as onças.
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Segundo o especialista, as onças produzirem o som para a bióloga, que parece um ronronado, é extremamente atípico, e existem várias razões para isso acontecer.
Por exemplo, caso as onças fossem machos, há a possibilidade de estarem querendo cruzar. Além disso, os animais podem ter se aproximado devido ao cheiro que a cuidadora estava exalando ou por carência.
Porém, ele alerta que animais silvestres, assim como os domésticos, podem ser sociáveis entre si. No entanto, aqueles que vivem exclusivamente na natureza nunca aceitarão serem domesticados, e é necessário ter muito cuidado ao interagir com esses animais.
Romildo ressalta: ‘não se deve brincar com animais silvestres, como onças, pois são animais que jamais aceitarão serem domesticados’. Ele ainda acrescenta: ‘caso você vire as costas para qualquer felino, isso é sinal para ele de que você está distraído, o que pode dar a oportunidade para um ataque’.
Sobre o Instituto Onça-Pintada
Fundado há mais de 30 anos por Anah Jácomo e Leandro Silveira, com o apoio do filho Tiago Jácomo, o Instituto Onça-Pintada (IOP) oferece um lar seguro e acolhedor para diversas espécies, refletindo o compromisso da família com a proteção da fauna.
Além das onças que aparecem no vídeo, outras também vivem no refúgio dedicado à preservação de espécies ameaçadas de extinção.
Além disso é uma instituição sem fins lucrativos e dedicada a promover a conservação da onça, através de pesquisa científica nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica.
Comentários (33)
Muito vazio as colocações do Romildo. ” Romildo ressalta: ‘não se deve brincar com animais silvestres, como onças, pois são animais que jamais aceitarão serem domesticados’. Ele ainda acrescenta: ‘caso você vire as costas para qualquer felino, isso é sinal para ele de que você está distraído, o que pode dar a oportunidade para um ataque’.
Se já fazem 30 anos que o pessoal do Instituto Onça Pintada existe e com o mesmo sistema sem nenhum ataque de qualquer animal, como pode afirmar “jamais aceitarao’…instituto 30 anos e um vídeo que mostra harmonia e interação.
Vi até uma cachorra intervindo no meio das onças quando elas se mostram agressivas entre eles. Portanto nulo as palavras do Romildo.
Só de falar “qualquer felino” Romildo mostra não entender nada sobre eles. Thiago Jiácomo e sua família não têm nenhuma história de ataque de onças até onde sei. E outra: há alguns milhares de anos TODOS os animais eram selvagens.
A Anah,não é somente uma cuidadora.Ela e o marido(Leandro)São biólogos com muitos anos de experiência com a conservação da onça pintada.Tem IOP,conhecidos como família animal.Se procurarem vão ver as explicações pq eles tratam algumas onças assim,com tanta proximidade!Um trabalho incrível que vale a pena conhecer!
Este senhor tem quanto tempo de trabalho efetivo com onças? Porque teoria na prática é outra coisa.
Acompanho o trabalho di IOP há alguns anos e nada do que fazem pode ser chamado de temerário.
Respeito aos profissionais é o mínimo que se deve ter. Annah e Leandro cuidam de um santuário com quase 30 onças pintadas.
Tem um projeto magnífico no corredor da Onça no Rio Araguaia.
Informem-se primeiro, antes de darem atenção a “sspecialista”
…são “gatões” que já convivem a anos com os cuidadores!…como ele nunca teve essa magnífica experiência, faz afirmações baseadas só no fato do bicho ser “selvagem” e perigoso!…?