VÍDEOS: Cadela adota gatinha abandonada e passa a produzir leite para amamentar
Meg adotou a filhote e as duas não se desgrudam mais. Gatinha ganhou o nome de Feia
Uma cadela da raça Pinscher, que nunca teve filhotes, adotou uma gatinha recém-nascida, e passou a amamentar após a bebezinha ter sido abandonada pela mãe. A história improvável aconteceu na casa de Cláudio Roberto, de 47 anos.

Ele mora há dois anos em Manaus, mas viveu em Cuiabá por 20 anos e ficou surpreso com a reação da sua cachorrinha ao ver que o gatinho precisava de ajuda.
Ao Primeira Página, Cláudio contou que vive com Meg, a cadelinha, e que um dia ouviu barulhos de gatinhos no quintal. Ao verificar, percebeu que uma gata de rua havia dado cria a quatro bebês.

Passados alguns dias, a gata decidiu ir embora e levou três gatinhos com ela, mas uma ficou e recebeu o nome de Feia. Em tom de brincadeira, Cláudio conta que deu esse nome porque a gatinha era muito pequena e magrinha. “Bem feinha, mas esperta”, disse ele.
Assim que percebeu a ausência da mamãe gata ele decidiu oferecer leite para a gatinha recém-nascida, mas a Meg se aproximou e permitiu que ela mamasse.
“Eu vi que a gatinha estava raquítica e comecei a alimentar, mas estava bem fraquinha. A Meg tinha acabado de sair do cio, e adotou. Deixou mamar nela e agora é uma mãe. Puxa ela para lá e para cá. Coloquei até uma casinha para elas no meu quarto”, disse.

A história fez Cláudio refletir. Para ele, mãe é aquela que ama e cuida, e não necessariamente quem gera na barriga. Orgulhoso, ele enviou vídeos das cenas de puro amor que tem presenciado dentro da sua casa.
“É algo inusitado. A minha cachorrinha adotou a gata como filha. Por isso que eu falo que mãe não é quem faz, mas aquela que cria e cuida. Eu acabei adotando a gatinha. Elas estão no meu quarto e não se desgrudam”.
O que diz a especialista
Médica veterinária, Maria Regina explicou ao Primeira Página que o fato de Meg ter saído do cio poucos dias antes de ter encontrado a filhotinha favoreceu que a adoção ocorresse. De acordo com a especialista, não há qualquer problema de saúde que pode ser acarretado à prática.
“Isso pode acontecer, sim. O animalzinho tem uma fonte de hormônios que são produzidos durante o cio e no pós-cio também, onde ela produz a progesterona, que é o hormônio da gestação. Quando acontece isso, pode adotar brinquedos da mesma forma que um animal de outra espécie. O animalzinho que foi adotado, quando ele passa a mamar, produz estímulos para a produção de leite, estimula a produção da prolactina e da ocitocina, que vai fazer a descida desse leite”.
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Conforme a veterinária, os leites maternos, ainda que das espécies diferentes, podem ser parecidos, e com poucas diferenças nutricionais. O que precisa de atenção é apenas para o fato de a cadelinha produzir mais leite do que a gatinha for capaz de tomar, o que pode gerar mastite.
“Dentro da medicina veterinária é muito comum isso. Há casos de animais silvestres que fazem a mesma coisa. O curioso é que não costuma acontecer com espécies diferentes”, completou.