Deficiente visual e com o marido se recuperando de fraturas, Vania pede ajuda
Casal veio para Cuiabá em busca de trabalho e estudos, mas um acidente de trânsito transformou sonho em pesadelo
Deficiente visual, Sildevania Gomes, 51 anos, conhecida como Vania, deixou o estado de Rondônia em abril deste ano e veio para Mato Grosso em busca de um sonho por novas oportunidades. Ela e o marido, Pablo Roberto de Oliveira, 44 anos, que trabalhava como motoboy, decidiram vir para Cuiabá para que ela pudesse estudar e aprender Braille no Icemat (Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso) da capital.

Tudo corria bem. Devidamente matriculada e abrigados no local, o marido começou a trabalhar e logo alugaram uma casa no CPA 3.
Porém, no dia 19 de setembro o sonho virou um pesadelo. Às 9h20 daquele dia, Pablo Roberto levava uma passageira pela Avenida dos Trabalhadores quando um cabo de internet despencou de um poste e enroscou na motocicleta, causando um grave acidente.
Conforme o boletim de ocorrêcia registrado pela vítima, uma empresa fazia manutenção dos cabos, no entanto, não havia qualquer sinalização e nem segurança. Pablo Roberto teve fraturas na perna direita e precisou colocar pinos e placas no joelho.

A família pede ajuda para alimentação e afirma que luta por justiça, já que a empresa, segundo eles, não ofereceu suporte adequado.
“Eu preciso de alimentos. Não sei como vou fazer para pagar aluguel, água e luz. É frustrante, desgastante e vergonhoso. Eu não estou dormindo, estou com ansiedade e preocupada. Meu marido sem andar e eu cega, e se o dono da casa pedir para sairmos, já que não estamos pagando as contas, vamos para onde?”, disse Vania.

O casal veio para Cuiabá de moto e se desfez dos poucos bens materiais que tinham em Rondônia, para para iniciar uma nova vida na capital mato-grossense. Com um mês de trabalho, ela conta que foi possível financiar uma geladeira, mas agora com a impossibilidade de Pablo trabalhar, a família está sem renda.
“A empresa responsável pelo acidente emprestou um par de muletas e comprou 5 caixas de remédios. E depois nenhum auxilio”, conta.
De acordo com Vania, ela recebe um auxílio mensal e o marido aguarda a perícia do INSS, agendada apenas para fevereiro de 2024. O DPVAT – seguro obrigatório que indeniza vítimas de acidente de trânsito – só poderá ser acionado após o hospital municipal onde Pablo Roberto ficou internado, liberar o prontuário médico, agendado para ocorrer em 17 de dezembro.

Enquanto os direitos aguardam o rigor da burocracia, Vania pede socorro. “Eu preciso de ajuda para comer. Precisamos de tudo: arroz, mistura, café… Não temos móveis e poucas roupas”.
Você pode ajudar entrando em contato pelo telefone: (69) 9 8111-9453 (Vania).