Dubladora de One Piece e Game Of Thrones, Carol Valença fala sobre interferência da I.A
Carol Valença tem mais de 11 anos de carreira. O Primeira Página teve um bate-papo especial com ela durante a live do 3º e último dia de transmissão do Festival Estadual Esportes Eletrônicos e Educação High Tech
Atriz, dubladora, cantora e locutora brasileira, Carol Valença tem mais de 11 anos de carreira e sua voz registrada em diversos projetos como o Luffy em One Piece, Unohana em Bleach, Ayo em Pantera Negra, Genevieve Delacroix em Bridgerton, Yara Greyjoy em Game Of Thrones, Abby Anderson em The Last of Us 2, Doraemon em Doraemon, Erza em Fairy Tail, 22 em Soul (Pixar/Disney) e muito mais.
Carol também é a voz da narradora de Valorant e diversos trabalhos de voz original. O Primeira Página teve um bate-papo especial com ela durante a live do 3º e último dia de transmissão do Festival Estadual Esportes Eletrônicos e Educação High Tech, realizado no sábado (15) em Cuiabá. Confira abaixo tudo que rolou.

Com entrada gratuita, o festival ocorreu na Fatec Senai, na avenida XV de Novembro, desde quinta-feira (13) e encerrou no último sábado (15). O evento promoveu uma imersão na cultura geek e no universo da tecnologia, promovendo campeonatos de games, de cosplay e conta ainda com bate-papos e estandes com profissionais do mercado de games de Mato Grosso e Brasil afora.
Durante os três dias de evento, o Primeira Página realizou transmissões ao vivo, iniciando sempre às 18h45, diretamente do canal do YouTube. Apresentado por Nathalia Okde e Victória Oliveira, a live trouxe curiosidades, projetos inovadores que estavam sendo expostos e ainda entrevistas exclusivas com os profissionais da área.
Entre os entrevistados o streamer Zangado; a gamer Amorganita; o primeiro narrador do Brasil de Fortnite, apresentador e caster Bluyd;
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Dubladora Carol Valença
No bate-papo, Carol Valença falou sobre os 11 anos de carreira; o caminho que percorreu para iniciar na dublagem; o que a fez iniciar na profissão e sobre a rotina de uma dubladora profissional. Ela ainda comenta sobre a campanha Dublagem Viva que fala sobre a interferência da Inteligência Artificial na dublagem.
O movimento, apoiado por dubladores, técnicos, mixadores, fãs de dublagem, ilustradores, músicos, artistas afetados, luta pela regulamentação do uso de IA (Inteligência Artificial) no setor da dublagem e em todo setor de arte e cultura, para garantir direitos, segurança e ética humana.
A dublagem é uma forma de adaptação audiovisual que permite que pessoas que não compreendem a língua original de um filme ou programa de TV possam apreciá-lo. Quem não foi marcado por dublagens que tornaram o produto muito melhor do que o original?! (Alô as Branquelas e Todo Mundo Odeia o Cris.. se você se lembra de algum outro cite nos comentários).
A regulamentação busca ser elaborada de forma a equilibrar os avanços tecnológicos com a preservação de empregos e garantir a qualidade da dublagem, mantendo o respeito aos profissionais e à indústria audiovisual, que possui uma imensa cadeia produtiva.
O movimento defende ainda que a IA pode ajudar no combate a pirataria de conteúdo ao fornecer mecanismos mais eficazes para detectar e bloquear reproduções ilegais. Criar mecanismos de reconhecimento de voz e análise de conteúdo para identificar tentativas de uso não autorizado de material dublado, protegendo os direitos autorais e conexos de seus detentores, garantindo que os artistas e estúdios sejam devidamente remunerados por cada exibição, conforme versam as leis sobre o tema no Brasil.
Durante o bate-papo com o Primeiria Página, Carol Valença falou sobre o que acha sobre o futuro da dublagem agora com a chegada da Inteligência Artificial
“Eu acho que a IA pode ser usada para muita coisa boa, mas em nome do capital as empresas acabam tentando fazer com que a IA substitua profissões importantes seja de ilustrador, de músico, a impressão que dá é que onde eles puderem colocar, eles colocam, e na dublagem não é diferente. A IA não cria nada (…) ela faz com pedacinhos de outras músicas que alguém já criou e não paga direitos autorais por isso”, destaca.
No bate-papo Carol falou sobre os 11 anos de carreira; o caminho que percorreu para iniciar na dublagem; o que a fez iniciar na profissão e sobre a rotina de uma dubladora profissional. Confira a entrevista completa com Carol Valença no minuto 50:22.