Ayrton Senna: 65 anos do nascimento do maior ídolo do Brasil nas pistas
Sua imagem permanece viva, tanto nas memórias quanto no imaginário nacional
Nesta sexta-feira, 21 de março de 2025, Ayrton Senna da Silva completaria 65 anos. Trinta anos após sua morte, o piloto ainda é lembrado como um dos maiores ídolos da história do Brasil — não apenas nas pistas, mas também fora delas. Sua imagem permanece viva, tanto nas memórias quanto no imaginário nacional.
Mas e se ele estivesse aqui hoje? O que estaria fazendo o tricampeão mundial de Fórmula 1 aos 65 anos?

O legado que nunca desacelera
Senna não era só talento. Era intensidade, foco e emoção. Campeão mundial de Fórmula 1 em 1988, 1990 e 1991, marcou sua carreira por manobras ousadas, corridas sob chuva e uma busca incansável pela perfeição. Seus duelos com Alain Prost e sua pilotagem em Mônaco ainda são considerados lendários.
Se estivesse vivo, é fácil imaginar Senna como um dos grandes nomes nos bastidores da Fórmula 1 — como dirigente de equipe, mentor de novos pilotos ou até mesmo dono de uma escuderia brasileira. Sua obsessão por detalhes técnicos e sua paixão pelo esporte o manteriam próximo aos boxes, às decisões estratégicas e à formação de futuros campeões.
“Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si.” – Ayrton Senna
Do kart à Fórmula 1: uma ascensão meteórica
Nascido em São Paulo em 1960, Ayrton começou no kart aos 13 anos, revelando um talento raro. Rapidamente passou para as categorias de base na Europa, até estrear na Fórmula 1 em 1984, pela equipe Toleman. Em 1985, foi para a Lotus, onde começou a conquistar vitórias e respeito. O auge veio na McLaren, equipe com a qual conquistou seus três títulos mundiais.
Senna era temido pelos adversários e adorado pelos fãs. Seu estilo agressivo e sua habilidade sob condições adversas — especialmente na chuva — o transformaram em lenda ainda em vida.
A tragédia de Ímola: o Brasil parou
No dia 1º de maio de 1994, no circuito de Ímola, na Itália, Senna perdeu o controle de sua Williams e bateu na curva Tamburello a mais de 200 km/h. A morte foi instantânea. O Brasil parou. Milhões foram às ruas para se despedir do ídolo, e o mundo chorou a perda de um dos maiores talentos da história do automobilismo.
A tragédia também transformou a segurança na Fórmula 1, resultando em uma série de mudanças técnicas e protocolares que evitaram outras mortes ao longo dos anos. Senna morreu tentando ser o melhor, e sua ausência nunca foi preenchida.
E se ele estivesse aqui?
Aos 65 anos, é provável que Senna tivesse uma carreira multifacetada. Poderia estar à frente de novos talentos brasileiros no automobilismo, envolvido com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) ou até mesmo em negócios próprios ligados ao mundo do esporte. Fora das pistas, sua atuação social seria ainda mais evidente: o Instituto Ayrton Senna, fundado após sua morte, já impactou milhões de crianças brasileiras com projetos educacionais.
Talvez também o víssemos em entrevistas raras, vídeos motivacionais, participações discretas em eventos e homenagens. Sempre elegante, reservado e apaixonado pelo Brasil.
Um ícone eterno
Mesmo fora do cockpit, Senna teria continuado acelerando — nas ideias, nos projetos e na vida. Seu legado vai além dos recordes e troféus: está no orgulho que ele fez o brasileiro sentir de si mesmo, nos domingos de corrida e nas lágrimas de emoção.
Aos 65 anos, Ayrton Senna continua mais presente do que muitos que ainda estão aqui. E continuará sendo, enquanto houver alguém para lembrar o som da vitória ecoando por todo o país.