Cabelos malucos que enlouqueceram as mães brasileiras
Pois bem, o tema tomou conta das redes sociais esta semana: cabelo maluco - ame ou odeie.
Sim, eu sei. Teoricamente não deveria ser a mãe o sujeito dessa frase, mas, infelizmente, sabemos que o cuidado está diretamente associado a nós. Peço aqui um adendo para dizer que em casa foi o pai quem fez a maluquice nas madeixas das crianças. Pois bem, o tema tomou conta das redes sociais esta semana: cabelo maluco – ame ou odeie.

Não tem meio-termo? Talvez. No meu caso, sou do bonde do tanto faz, mas essa prosa eu continuo lá no fim desse texto. Retomando à polêmica, as redes maternas foram engolidas pelos times do amor e ódio ao dia em que a criança precisa ir com cabelo diferentão para a escola.
De um lado, os defensores do divertimento eterno dos pequenos, que, com a cabeça coberta de tinta, papelão, glitter e afins, aguardam ansiosos chegar à aula para desfilar suas mirabolâncias dentre os amiguinhos.
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Do outro as mães do: menos é mais. E, com certa razão, bradam aos quatro eventos que eventos como o cabelo maluco são mais uma carga na já lotada agenda materna.
E aí, quem está certo?
Desta vez não vou militar. Digo que ambos os lados têm sua razão.
De fato, as crianças precisam embarcar na brincadeira que já faz parte da semana escolar que antecede o Dia das Crianças, 12 de outubro. Deixá-los de fora é excluí-los do coletivo. Não tem como não mandar o filho de cabelo normal em meio ao restante da escola maluca.
E, por favor, este texto não tem recorte social. Eu sei bem que em muitas escolas sequer há merenda e tal discussão que lancei aqui é, no mínimo, mesquinha.
Então, retomando, dentro do universo do ser contra ou não, sigo meu argumento. É apenas um dia. Vai muito provavelmente gerar gastos? Sim. Vai te fazer acordar mais cedo ou dormir mais tarde? Com certeza. Você vai passar um pouco de nervoso? Absolutamente. Mas eles amam, gente!
Agora, por outro lado, eu entendo e concordo muito que se trata de mais uma carga para as costas maternas.
Como citei lá em cima, existem pais que o fazem, conforme lá em casa, mas sabemos que numa análise geral, que se comprova quando acessamos o assunto nas redes sociais, por exemplo, o trabalho fica para a mãe.
E a moda tomou conta de tal forma que o desafio é impressionar no penteado. Entra aí a régua da boa mãe. É melhor aquela que faz o mais difícil. Se a criança chegar à escola de cabeça limpa, vão questionar “quem é a mãe desta criança?”, jamais vão cogitar perguntar cadê o pai, até porque em muitos lares a figura não existe.
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Então proponho aqui o simples: não julguem mães. Nem as que amam, muito menos as que odeiam. Também deixem em paz as definidas como medianas, como eu, que não ligam, não têm talento e nem criatividade para o mirabolante e mandou os filhos básicos, porém na brincadeira para a escola.
Lembrem-se, caros leitores, o único maluco da história deve ser o cabelo!
Para quem quiser conferir o “lookão” básica dos meus pequenos – Maria Cecília e Caetano – tá aí. Eles foram, se divertiram e a os pais fizeram o que deu (e ainda fomos simpáticos rs).