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Do rádio ao streaming: como os campo-grandenses consomem áudio?

Pesquisa mostra que 92% dos campo-grandenses ouvem algum formato de áudio no dia a dia

Os anos passam, as tecnologias mudam, mas o rádio continua a mostrar o seu valor. A afirmativa é parte dos dados da Kantar IBOPE Media, que publicou no dia 9 de outubro, o estudo Inside Audio, que apresenta a relação entre as preferências de consumo dos brasileiros.

Menina fone

Em julho deste ano, também foram disponibilizados dados de estudos complementares, que apontam insights importantes sobre os hábitos do público campo-grandense.

Na Capital sul-mato-grossense, 9 em cada 10 campo-grandenses entre 12 e 75 anos consomem algum tipo de áudio diariamente.

Ao que tudo indica, a preferência, mesmo com outros formatos, segue absoluta conforme destaca o maior instituto de pesquisa de mídia da América Latina.

Frente a vasta oferta das plataformas para ouvir conteúdos em áudio, surgem dúvidas quanto à relevância e preferência de cada geração ao consumir áudio.

Com tantos estímulos, ainda dá para atrair a audiência na publicidade em áudio? Quem responde a essas perguntas, são os números.

O rádio, como principal expoente do áudio na mídia brasileira, continua sendo uma preferência absoluta. Dentre os brasileiros 79% afirmam ouvir rádio frequentemente e os campo-grandenses se mantém acima da média nacional, o rádio agrada 81% da população local.

Ouvir rádio nunca foi tão atual!

O rádio resiste, porque os campo-grandenses continuam apaixonados pelo Dial. Como uma conhecida mídia de mobilidade, ele se transforma há muito tempo e outras formas de ouvir ganham força, como o streaming de áudio e os canais digitais.

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Afinal, a pesquisa mostra também que a opinião dos brasileiros e como eles avaliam as transformações e quais suas preferências atuais.

Em uma semana, foram avaliadas as formas em que os campo-grandenses têm consumido o rádio e o resultado se mostra impressionante, pois ouvir rádio nunca foi tão atual. Dê uma espiada:

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A pesquisa especial Inside Audio 2024 enfatizou a opinião dos brasileiros que desde a pandemia vem demonstrando valorizar a característica de mobilidade e flexibilidade do veículo, pois 38% dos brasileiros afirmam que “a possibilidade de escutar rádio online transformou o hábito”.

A característica é uma das diversas que mantém o ouvinte interessado na programação, com uma alta média de tempo ouvido. Os brasileiros chegam a 3h55, enquanto os campo-grandenses costumam ouvir 3h35 de rádio diariamente. Veja só:

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A credibilidade conquista e a alta confiança no rádio continua inabalável

O rádio conquista uma alta confiança da audiência. O Target Group Index aponta uma confiança de 58% dos ouvintes no meio para se manterem informados em âmbito nacional.

Esse sentimento é reforçado por dados da pesquisa Especial Inside Audio 2024 que mostra que 50% das pessoas que escutam rádio avaliam que quando uma informação é propagada pelo veículo elas sabem que não se trata de fake news. Entre os campo-grandenses que ouvem rádio FM a confiança é ainda maior, 75% deles confiam no rádio.

O digital, embora abra uma ampla discussão sobre sua competitividade, não ameaça o formato.

Conforme dados da pesquisa Inside Audio 2024, em comparação a outros meios, como TV, jornais, revistas e portais de internet, o que detém a menor confiança dos campo-grandenses são as redes sociais. Conforme apontado, apenas 23,7% confiam nas notícias que leem nas redes sociais.

O índice apresentado pelo rádio é especialmente importante em um momento em que há uma crescente preocupação de vários agentes sociais e da população em geral com a desinformação.

O consultor e palestrante com mais de 15 anos de experiência nas áreas de mídia e inteligência de negócios, Fernando Morgado reflete sobre a confiança construída através do século pelo rádio.

“Você não pode dizer que um veículo de comunicação tem credibilidade sem ter dado provas da sua confiabilidade ao longo dos anos e o rádio que é um meio centenário já deu incontáveis provas de que sim, pode merecer a confiança dos brasileiros”.

Ainda sobre a credibilidade do rádio, Morgado destaca.

“É um meio confiável, em termos de jornalismo, porque ele é formado por veículos com marcas reconhecidas pela sociedade, com profissionais, dentro das suas estruturas, que têm o conhecimento e a técnica para produzir conteúdo de relevância, conteúdos apurados, conteúdos úteis para a vida das pessoas. O rádio funciona em um modelo que necessita dessa seriedade inclusive para gerar resultados aos anunciantes”, esclareceu.

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