Você no PP

Entre idas e vindas, Cris e Mell selaram união na aventura

O Você no PP desta segunda-feira conta a história do casal Trilha Extrema; Cris e Mell. Os dois se conheceram ainda crianças, sabia? Venha viver essa aventura

Há alguns anos, resolvi me aventurar nas trilhas de Campo Grande. Foi nessa época que conheci a Trilha Extrema e o casal responsável por ela, o Cris e a Mell. A simpatia e dedicação deles que me encantou e, por isso, também que quis contar a história deles aqui no Você no PP.

Depois daquele primeiro dia, fiz mais alguns roteiros com a equipe deles, conversei bastante, mas, olha, nem de longe sabia metade do que eles viveram; sabe aquelas histórias cheias de reviravoltas? Então, é mais ou menos por aí… E para começar a te contar, vou voltar um pouquinho no tempo.

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A Mell e o Cris se conheceram ainda criança, mas o amor só deu certo muitos anos depois (Foto: Sérgio Cipriano)

Mell na verdade é Vyvyann Mellânie Freire Luna, formada em contabilidade.

O Cris se chama Cristevan Frederico Corrêa Veloso e é publicitário.

Os dois foram crianças escoteiras e se conheceram quanto tinham 10 anos. Já naquela época dividiam a vida no “mato” juntos. Eram super amigos, se admiravam e até acampavam.

“As vezes a gente acampava e tinha rondas noturnas. Eu preferia sempre o turno dele, porque ele cuidava de tudo”.

Mell

Os anos passaram e na adolescência, lá pelos 14 anos, começaram a namorar.

“Época do Rock no Horto. O passe de ônibus era uma fichinha com um furo no meio. Eu usava aquelas fichinhas em um cordão que eu tinha na calça, porque se perdesse você não voltava né? Na época, não tinha dinheiro para nada, tinha sorte que tinha o ônibus para voltar depois”

Cris

O relacionamento, no entanto, acabou depois de um tempo e os dois seguiram caminho separados: casaram, tiveram filhos, mas, veja só, sempre moravam perto um do outro, só que nunca se viam.

“E aí eu casei. Ela casou. Eu tive um filho. Ela teve filho. Hoje ele tem 24 anos e o meu 19. Mas aí não deu certo nossos relacionamentos, foram relacionamentos duradouros, o meu durou 10 anos e o dela 14 anos. Por muito tempo e a gente morou muito próximo, porque a gente morava aqui no Serra Azul, ela morava no condomínio Tijuca 1 e eu morava no Tijuca 2, um de frente pro outro”, Cris
“Mas a gente nunca se via”, Mell

Já solteiros, mais uma vez o destino quis unir os dois, mas demorou um pouquinho.

“Eu já tava separado fazia 2, 3 anos né? E aí eu falei para uns amigos brincando, bem no final de ano: vocês aí, pelo amor de Deus, não tem uma amiga para apresentar para mim, para não passar o final de ano solteiro? Eles falaram que tinham uma amiga solteira e me passaram o contato”.

Cris

Imagina a surpresa do Cris ao ver a que a amiga era a justamente a Mell? Os dois começaram a conversar por mensagens no Facebook e daí ressurgiu aquela amizade de quando tinham 10 anos. Foi um ano assim, os dois se viam praticamente todos os dias, almoçavam juntos, voltaram a acampar, começaram academia e até aula de dança juntos.

Foi aí, ainda como companheiros inseparáveis, que a ideia do que um dia viria se tornar a Trilha Extrema nasceu. Cris conhecia como ninguém a natureza no entorno de Campo Grande e começou a levar o pessoal da academia para esses “passeios”. Todo fim de semana o grupo se unia para conhecer um novo lugar, sempre escolhido pelo publicitário.

Mas nessa altura da vida, os sentimentos do publicitário já estavam bem claros e decidiu abrir o coração à amada. Mas ela ainda não estava pronta. Naquele dia fatídico, achou que ele apenas estava confundindo a amizade. Mais uma separação, mas dessa vez por menos tempo.

Foram três meses de distância para contadora perceber que os sentimentos pelo Cris eram muito maiores que os de uma amiga e escolhesse contar tudo isso para ele. Bem, se você acredita em destino, é nesse ponto que todos os desencontros terminam.

Já como namorados, os dois voltaram a investir nas trilhas de fim de semana. Mell trabalha em um escritório e Cris viajava o estado por uma empresa de seguro, porém os dois já dividiam a mesma vontade: viver em meio a natureza, de algo que eles realmente amavam desde pequenos.

E quando é para ser, simplesmente é. A prova disso foi que mesmo sem muitas chance, já que a Mell foi diagnosticada endometriose e tomava anticoncepcional, ela se viu grávida do Ythan.

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As trilhas na gestação duraram até os 7 meses (Foto: Arquivo Pessoal)

Só a vinda do Ythan ao mundo daria outra matéria. A gravidez só foi descoberta aos três meses de gestação, nesse tempo, passou por uma cirurgia, depois teve Zika e precisou passar por um tratamento; o BBextremo nasceu saudável e forte.

As trilhas duraram até os 7 meses de gestação, depois o Trilha Extrema precisou dar uma pausa, uma pausa pequena, logo a ideia de vida voltou com força total. No mesmo ano em que o pequeno Ythan nasceu, em 2016, a empresa ganhou um CNPJ e se regularizou.

Em dois anos, os aventureiros deixaram os empregos e começaram a se dedicar apenas ao Trilha Extrema. Se especializaram, se tornaram guias turísticos, se associaram à Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), ganharam conhecimento e desbravaram a área rural de Campo Grande.

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Cris e Mell em um dos roteiros de rapel em MS (Foto: Arquivo Pessoal)

A equipe da empresa também cresceu com o passar dos anos formando a “família Trilha Extrema” que vivem uma relação de anos. “O pessoal tem outras profissões, advogados, médico, dono de box de Crossfit, mas eles fazem questão de continuar com a gente, a forma de descansarem é trabalhar no Trilha Extrema”, brinca Cris.

Juntos, Cris, Mell e a equipe, catalogaram 50 cachoeiras no entorno de Campo Grande, 40 delas conseguiram visitar e muitas ainda ficam dentro de áreas particulares.

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Cris e Mell no Cânion do Engano (Foto: Arquivo Pessoal)

Lembram quando eu disse que quando é para ser, simplesmente é? É exatamente o que a casamento de Cris e Mell mostra. Desde o relacionamento em casa à construção Trilha Extrema. Das voltas que a vida dá, quis que o Cris e a Mell de 10 anos se reencontrassem e descobrissem uma nova vida anos depois com os mesmos olhos da infância; no meio da natureza.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Você no PP, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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