Gafes na comunicação

Poucas coisas irritam mais uma plateia do que ouvir um palestrante trocando o nome da localidade onde está. “Boa noite, Cuiabá!” (quando a pessoa está em Campo Grande). “Sejam bem-vindos a este evento sensacional, que é realizado pela primeira vez em Ribeirão Preto” (mas o evento é em São José do Rio Preto). O roteiro […]

Poucas coisas irritam mais uma plateia do que ouvir um palestrante trocando o nome da localidade onde está. “Boa noite, Cuiabá!” (quando a pessoa está em Campo Grande). “Sejam bem-vindos a este evento sensacional, que é realizado pela primeira vez em Ribeirão Preto” (mas o evento é em São José do Rio Preto). O roteiro pode estar impecável, a palestra pode ter um conteúdo de excelência, mas quando aparece uma gafe como essa logo no início da fala, o palestrante ou apresentador tem que ter muito jogo de cintura para não perder a concentração.

Joe Biden
Joe Biden (Foto: Tang Chhin Sothy/AFP)

Imagine o tamanho da repercussão quando o autor da gafe é o presidente da nação mais poderosa do mundo. Recentemente em um discurso o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou Camboja de Colômbia, justamente numa reunião organizada pelo primeiro-ministro cambojano. O erro virou manchete em jornais de todo o mundo, viralizou nas redes sociais e atiçou as críticas dos republicanos, que fazem oposição ao presidente democrata.

Se a gafe geográfica é constrangedora, o que dizer sobre trocar o nome de alguém? É pior que esquecer o nome da pessoa. Ser chamado por outro nome chega a ferir a autoestima. E atire a primeira pedra quem nunca trocou o nome de um colega de trabalho, de escola, de um vizinho ou até mesmo de alguém da família! Eu já estive dos dois lados. Já fiquei com cara no chão ao trocar o nome de alguém e já fiquei chateada porque me chamaram pelo nome de outra pessoa.

E o que fazer quando o nome é em um idioma estrangeiro? Pra não errar, o jeito é aprender como se pronuncia corretamente. Ainda bem que hoje em dia é bem fácil fazer uma busca na internet e aprender a pronúncia correta.

Não podemos esquecer de outras gafes na comunicação que deixam qualquer um com a cara no chão:

  • perguntar a uma mulher de quanto tempo é a gestação quando ela não está grávida, mas somente com um pouco mais de gordura abdominal;
  • perguntar a alguém acompanhado de uma pessoa mais jovem se é filha ou filho, quando na verdade é um parceiro/a afetivo/a;
  • pronunciar de maneira errada o nome de alguém ou de uma localidade.

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Se for num contexto profissional, como numa palestra ou reunião, fazer um roteiro com anotações ajuda muito. Atenção na fala e ao planejamento da fala, destacando informações importantes como nomes, datas, localidades, números e outros dados relevantes.

Para evitar pagar mico na comunicação, seja com troca de nomes, pronúncias incorretas ou perguntas indiscretas, a melhor dica é pensar antes de falar. Aliás, falar menos e observar mais pode evitar muitos deslizes. E se a gafe ocorrer, não se martirize! Isso pode acontecer com qualquer pessoa. O jeito é pedir desculpas e seguir adiante. Ninguém é perfeito.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Comunicação de primeira, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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