Ganhador do Oscar que viveu no Pantanal criou ariranha de estimação e desafiou caçadores

Arne Sucksdorff denunciava caçadores ilegais de onças e jacarés, enfrentando resistência e até ameaças, incluindo disparos contra sua caminhonete.

Conhecido como Arne Sucksdorff, o cineasta sueco ganhou o Oscar nos anos 40 e na década de 70 se casou com uma cuiabana, Maria da Graça, que foi a primeira agrônoma de Mato Grosso.

Além do trabalho pioneiro no Pantanal, onde produziu longas e um livro intitulado Pantanal: Um Paraíso Perdido, Arne e Maria viveram em várias fazendas e acampamentos na região. Durante essa época, tiveram dois filhos, Cláudio e Anders, e criaram uma ariranha como animal de estimação.

Arne Sucksdorff. (Foto: Arquivo pessoal)
Arne Sucksdorffe e a mulher, Maria da Graça, criaram uma ariranha como animal de estimação. (Foto: Arquivo pessoal)

A alimentação principal da família era baseada em piranhas, já que Arne proibia qualquer tipo de caça. Ele denunciava caçadores ilegais de onças e jacarés, enfrentando resistência e até ameaças, incluindo disparos contra sua caminhonete.

Pioneiro na defesa da natureza, Arne enfrentou dificuldades em um ambiente que ainda não tinha a cultura de preservação ambiental. Teve muitos conflitos com fazendeiros, que suspeitavam que ele estivesse em Mato Grosso à procura de petróleo.

Seu filho Anders Sucksdorff, que atua há 21 anos como profissional de TI, ao conversar com o PP, relembra uma das lições de seu pai: “Sempre lembro que ele me disse: ‘Ame a natureza, os animais e seja sempre um gentleman.'”. Ele ainda acrescenta: “Foi ele quem apresentou o Pantanal para o mundo. Naquela época, o Pantanal não tinha turismo, era só fazenda”.

Por fim, segundo seu filho, o último desejo de Arne foi estar no Pantanal, onde suas cinzas foram depositadas no rio Paraguaizinho, no Pantanal, através de um balão.

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