Idosa perde galinha de estimação e mobiliza cidade pelo resgate
Desta vez o animalzinho escapou até da vigilância ofertada pela vizinhança
Dois idosos, uma galinha e várias aventuras. Parece enredo daqueles filmes que deixam o espectador com alma leve, mas é realidade. Em Ponta Porã, dona Alfreda Batista, 75 anos, cria, junto ao marido, a galinha Tita como parte da família há quase cinco anos. Mas a trama quase teve fim nesta terça-feira (11), quando a ave desapareceu de casa.
Segundo a filha do casal, Edina Batista, 52 anos, o pet é companheiro em tempo integral do casal. Sai com eles de carro, tem acesso livre à casa e sempre está monitorado, mas, por descuido, escapou sem que vissem. Ao perceber o que havia ocorrido, dona Alfreda entrou em pânico.
“Minha mãe chorou, ficou desesperada, porque a Tita é o xodó da casa. Os vizinhos já sabem que ela é da minha mãe e se ela vai um pouco mais longe, já nos avisam”, conta Edina.
Desta vez o animalzinho escapou até da vigilância ofertada pela vizinhança.
Não demorou muito para que a notícia do sumiço tomasse conta dos grupos de WhatsApp da cidade. O choro da idosa comoveu até quem não a conhecia. Foram 24 horas de ansiedade e medo.

Na tarde de quarta-feira (12) chegou a mensagem tão esperada pela família.
Dona Nilza, moradora de um bairro no outro extremo da cidade, estava com a galinha. Nada de patinhas amarradas ou maus-tratos como chegaram a ventilar algumas pessoas. Tita estava bem cuidada e foi devolvida sã e salva.
“Ela viu as postagens e me enviou foto e de áudio contando que a Tita tinha aparecido na casa dela no bairro Ferroviária, marcamos um encontro em um lugar próximo e ela me entregou”.

A desconfiança é de que alguém tenha levado a ave para o outro bairro de Ponta Porã e a deixado por lá. No dia do desaparecimento, choveu e Nilza a encontrou no portão de sua casa.
Passado o susto, veio a gratidão. Com a galinha nos braços, um vídeo de agradecimento correu tão rápido quanto o outro pelos grupos.
Nesta sexta-feira (14), as idosas vão se encontrar para se conhecerem e, assim, selarem de forma feliz essa história.