Ilumine o caminho de uma mãe que se apagou ao dar à luz

Dia desses viralizou nas redes sociais (maternas) um vídeo falando que o flamingo perde um pouco da coloração quando tem filhote e só a recupera quando os dependentes vão crescendo. Se é verdade, não sei, mas a metáfora era essa: mães perdem a cor quando chegam os filhos

Dia desses viralizou nas redes sociais (maternas) um vídeo falando que o flamingo perde um pouco da coloração quando tem filhote e só a recupera quando os dependentes vão crescendo. Se é verdade, não sei, mas a metáfora era essa: mães perdem a cor quando chegam os filhos. Taí a expressão “dar à luz”. Como tudo na maternidade, ela tem dois sentidos.

maiofurtacor
Arte da Campanha Maio Furta-cor

O bonito, que é enxergar o nascimento como um ato iluminado. E o sentido que a gente só entende quando está do lado de cá. Dar à luz significa doar nossa luz ao filho e, assim, logo após parir e ao longo dos primeiros anos, se apagar um pouco – ou muito.

Ainda é tabu conversar sobre a escuridão que a maternidade pode trazer à vida da mulher. Baby-blues, depressão.

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  1. Quem pariu mantém e o embale!

E isso nada tem a ver com não amar o bebê, não desejar ser mãe ou não ser agradecida pela saúde do filho. Não é falta de amor, falta de Deus ou falta de fé.

Tem a ver com a montanha-russa de hormônios, com a gigantesca mudança de vida proporcional à imensa responsabilidade que é cuidar de uma criança que, convenhamos, pesa infinitamente mais nos ombros da mulher.

A gente – e os que estão ao redor também – acaba negligenciando o lado sombrio do maternar e nessa cortina de fumaça nossa saúde mental se vai sem ninguém perceber.

Pensar que ‘as coisas são assim mesmo’ e ter essa máxima reforçada quando há coragem para desabafar, acaba afundando ainda mais uma mulher que está nessa batalha. Por isso nasceu o Maio Furta-cor, campanha que vai além do comercial Dia das Mães.

Ganhar presente é bom demais! Mas ser acolhida é melhor ainda e a ação é justamente para essa conscientização de que mães precisam de cuidado especial à saúde mental e ter a rede de apoio ciente disso é determinante.

Quer saber mais? Veja aqui. E neste mês inteirinho dedicado às mães te proponho dar um pouco da sua luz para clarear os caminhos e pensamentos de uma mãe.

Converse, ouça de coração aberto. Ajude a buscar auxílio profissional. A escuridão materna é real e pode estar muito mais perto do que se imagina.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista E eu nem queria ser mãe, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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