Alfredo da Mota Menezes

Alfredo da Mota Menezes

Mais coisas de Brasília

Assuntos nunca terminam em Brasília. Um que terá repercussão óbvia no país inteiro é a proposta de acabar com o trabalho de seis dias por um de descanso ou o 6 x1 que tem mais de oitenta anos

Assuntos nunca terminam em Brasília. Um que terá repercussão óbvia no país inteiro é a proposta de acabar com o trabalho de seis dias por um de descanso ou o 6 x1 que tem mais de oitenta anos.

A nova proposta seria o 5×2 ou cinco dias de trabalho e dois de descanso. Tem gente que fala até em 4×3 ou quatro dias de trabalho por três de descanso. Coisa ainda não própria para o Brasil. Tem lugares pelo mundo que usam o quatro por três. Tóquio, por exemplo, terá semana de quatro dias de trabalho a partir de abril de 2025. Um dia talvez chegue a terras tupiniquins.

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Uma mudança de seis por um para cinco por dois já seria algo diferente na vida nacional. Alguns entendem que empresários teriam que contratar mais gente para trabalhar e que esse custo vai cair no colo do consumidor. Mesmo assim, a tendência é de aprovação da nova medida.

Outro falatório em Brasília é sobre as famosas emendas parlamentares. O STF criando regras para destino das emendas. Para onde, quem indicou, que tipo de serviço, se estaria também acoplado a alguma obra nacional, como na saúde publica. O Congresso não gostou dessa intromissão.

Queriam liberdade para fazer o que querem com as emendas. Mas tem que ter regras para usar esse dinheiro. É algo como 50 bilhões de reais por ano em emendas. O orçamento de MT, como paralelo, é de 35 bilhões de reais. Os parlamentares em Brasília tem toda aquela fortuna para mandar como emendas. Como é que pode um parlamentar federal, com o que tem por ano para emendas para seus redutos eleitorais, e ainda perde a próxima eleição.

No Brasil, de forma geral, quase não elege parlamentares que tem atuação no plenário do Congresso, aprovando boas leis para a sociedade. Dói constatar que no país não se olha por esse viés, como ocorre em outros países em que o parlamentar é medido pelo que faz no plenário e não, como aqui, que aplaude aquele que leva mais emendas para ali ou acolá. Coisas do Brasil real.

E por falar em Brasil real, ainda de Brasília, surgem mais comentários sobre a tentativa de golpe de estado. Um deles é que Bolsonaro não seria beneficiado pelo golpe. Que seria criado um grupo de transição para o tal golpe e que mandariam no país, não Bolsonaro. Tem cada uma.

Outro comentário ainda sobre esse assunto é de alguém perto do Bolsonaro falando em perseguição ao ex-presidente e que se ele for condenado vão apelar para cortes internacionais para inocentá-lo.

Decisão dessas cortes não altera o que foi decidido pela justiça do Brasil, mas ajuda a reforçar o ponto de vista de que o golpe nunca existiu e é apenas uma criação “fantasiosa”, como estão dizendo. Coisas de Brasília.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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