Não seja o sem noção que pergunta: e o bebê, vem quando?
Na hipótese de não se conter em não opinar na vida alheia, ao menos troque a pergunta por "quando vão fabricar e criar outro ser humano?
Quero propor uma reflexão às pessoas que ainda não têm filhos, mas perguntam aos amigos, parentes, vizinhos, aos casais recém-casados ou não: quando vão ter um bebê?. Na hipótese de não se conter em não opinar na vida alheia, ao menos troque a pergunta por “quando vão fabricar e criar outro ser humano?”.

A partir daí vai começar a entender que “ter um bebê” não é apenas cumprir o ciclo tradicional do namorar/noivar/casar/engravidar, que, inclusive, tá pra lá de obsoleto, né? Enfim… ter um filho é ter outro ser humano sob sua tutela.
Sabe quando cê tá perdido e nem tem planos para o dia seguinte? Com filhos cê vai ter que ter! Nem que seja minimamente.
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É preciso entender que o bebê não será bebê para sempre e que não é possível sumir com ele quando lhe convém. A vida não é aquele último capítulo da novela em que todas descobrem que estão grávidas e logo em seguida a trama acaba e ponto: felizes para sempre.
A presença da criança será permanente, com toda a responsabilidade e decisões.
Se você não alimentá-la, ela morre de fome.
Se não der banho ou trocar roupa e fralda, ela fica suja.
Se não colocar para dormir num ambiente seguro, ela ficará acordada.
Vai viajar? Muito provavelmente ela irá junto. Vai trabalhar?
Alguém terá que cuidá-la para você.
Tá de folga? Vai acordar quando a criança acordar, vai alimentar, limpar e cuidar mesmo assim.
Não há descanso, ter filho não tá na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), não aceita atestado médico, não tem choro nem vela. Ah, tem o fator emocional também, viu?
Você pode até comprar curso de sono, de introdução alimentar, de desmame, de desfralde, de educação respeitosa, mas cartilha nenhuma vai criar os laços e suprir a necessidade emocional do seu filho que, por sinal, vai crescer e seguir por caminhos que talvez não sejam o que você escolheu ou sonhou, afinal seu poder de decisão acaba assim que ele toma consciência de que é um indivíduo.
Portanto, antes de cobrar ou mesmo de cogitar se tornar mãe/pai, coloque tudo isso na balança e esteja ciente de que criará outro ser humano. É amor infinito e incondicional? É sim! Sentimento indescritível, te garanto.
Algo que nunca havia sentido antes. Mas não dá só pra romantizar. Tem que ter noção da realidade e, às vezes, ela é dura.
Comentários (2)
Desde quando a vida é fácil?as pessoas é que tem que compreender que não tem o direito de intrometer na vida dos outros,e pronto falei
Belo texto, explica exatamente meus sentimentos em relação a filhos,”o mundo está frio,” as pessoas tem que saber que não é na vida de todos que cabe filhos.eu amo ser tia.