Por uma comunicação acolhedora na volta às aulas
Se sentir ‘peixe fora d´água’ na escola pode trazer sofrimento para muitas crianças e adolescentes
As primeiras semanas da volta às aulas podem ser um período de alegria para muitos estudantes que reencontram seus amigos. Compartilhar as experiências vividas nas férias, comentar sobre o que cada um achou dos novos professores, falar sobre as expectativas com o novo ano letivo… são assuntos que não faltam nas rodas de conversa na hora do recreio, na entrada e na saída da escola.
Mas há muitos que se sentem ‘peixe fora d´água’ nessa fase, principalmente porque mudaram de turma ou de escola. Para os mais tímidos, o sofrimento pode ser ainda maior.
Um post que vi recentemente numa rede social me comoveu. A imagem era de uma garotinha sozinha na escola, rodeada por colegas enturmados que pareciam não a ver. A mensagem trazia um apelo: ‘se você vir que a pessoa tem dificuldade em fazer amizade ou se sente envergonhada, tímida ou desconfortável, diga olá, chame para entrar no grupo, faça rir, tente ajudar!’

Essas dicas são valiosas. Em situações assim, a comunicação com empatia por parte de colegas, professores e funcionários da escola pode fazer toda a diferença para tornar esse período de adaptação mais tranquilo.
Uma comunicação empática também inclui dar um sorriso ou olhar com ternura o(a) colega ou aluno(a) novato(a). Lembre-se que a comunicação não verbal, aquela que manifestamos por gestos e posturas, também transmite mensagens.
Estimular que jovens evitem atitudes de indiferença também contribui para que sejam pessoas melhores e mais afetuosas na vida adulta.
Para os professores, o cuidado com a comunicação faz com que o(a) aluno(a) se sinta acolhido(a). São ações simples que podem deixar muitas crianças e adolescentes mais confiantes para o desafio de encarar um ano inteiro de estudos e aprendizado.