Ser mãe é vencer a fase, sem zerar o game!

A fase muda e quando muda a gente se reorganiza. Zera tudo e começa outra vez.

Quando vejo uma mulher voltando à estaca zero após achar que tinha enfim equilibrado os pratos do maternar, tenho vontade de abraçá-la e dizer: eu sei que está difícil e confuso, mas, calma, esta dificuldade vai passar!

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Veja bem, não disse que tudo cessa. Porém, a fase muda e quando muda a gente se reorganiza. Zera tudo e começa outra vez. Primeiro é cólica, amamentação, adaptação ao novo.

Depois vem a privação de sono, os saltos, você pisca e já está na introdução alimentar, lá por volta dos seis meses. Nesta altura cê já nem se lembra mais do tortuoso período de peitos feridos e hora da bruxa.

Dos fins de tarde melancólicos e solitários que pareciam eternos. Dos primeiros anos que exigiam toda nossa atenção com banho, colo, comida na boca e até mesmo os perrengues passados na tão assustadora adolescência.

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  1. Não seja o sem noção que pergunta: e o bebê, vem quando?

É assim. A gente se esquece de tudo, feito a dor do parto. É o bebê sair de dentro da gente que já nem conseguimos mensurar a intensidade da contração.

Tem um trecho do livro O Amor nos Tempos do Cólera, do saudoso jornalista colombiano Gabriel García Márquez, que diz que o coração seleciona as lembranças boas e esquece as memórias ruins, justamente para a gente suportar o passado.

E embora ele esteja dizendo isso dentro do contexto de uma história de amor, o mecanismo de sobrevivência se encaixa perfeitamente na maternidade. Simplesmente nos esquecemos.

Então, não, não fica mais fácil.

O trajeto é que fica menos desconhecido. Não se preocupe, o coração sempre vai enaltecer os momentos bons, aqueles que vêm à cabeça acompanhado de um profundo suspiro.

Você que me lê agora e está no olho do furacão talvez pense que estou fora do meu juízo, afinal é impossível ser nostálgica ao recordar períodos tão sacrificantes quanto estes, no entanto, preste atenção, saudade não é querer passar tudo outra vez e sim sentir que, por mais difícil que tenha sido, conseguimos sobreviver e agora, sem a venda do cansaço extremo sob nossos olhos, enxergamos que cada fase teve sua beleza (e graças a Deus passou).

E o resto? O resto, minha querida, vira poeira nessa longa e imperfeita estrada que é a maternidade!

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista E eu nem queria ser mãe, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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