Toda mãe merece dar nova chance àquele ex...

É comum que depois da maternidade a gente se perca e retomar o caminho nem sempre é fácil

Estava ansiosa. Tanto tempo sem este momento que talvez nem soubesse mais como agir. Sei lá, a gente tem tanta intimidade numa hora, mas basta ficar distante que parece nunca ter vivido nada naquela companhia.

espelho
Mulher se olhando no espelho (Foto Reprodução)

Na memória, claro, não faltavam lembranças. Boas, ótimas, tristes, todas misturadas. Será mesmo que este fragmento de recomeço seria bom pra nós?

Titubeei por um momento. E se a chama voltasse a acender e não pudesse corresponder às expectativas?

Meu Deus, eu estava tão enferrujada. Não sabia nem por onde começar ou como agir. Antes era tudo tão fluído, leve, tão particular. Ao me lembrar, esboço um sorriso e num suspiro de saudade me lembro o porquê de tentar novamente.

Não sei exatamente sobre o que conversar ou quais assuntos são de interesse em comum agora, afinal tudo mudou tanto desde que dolorosamente nos despedimos.

Sem contar a mágoa pelas vezes que procurei e não encontrei. Eram horas de fragilidade extrema, buscava com todas as forças e só encontrava resquícios, migalhas. Talvez hoje eu entenda que era necessário tempo.

Olhei no relógio e percebi que naquela hora eu deveria estar nos meus novos afazeres. Será que vai ficar tudo bem sem mim em casa? Quase desisto, mas já estava na porta do local combinado.

Coração acelerado, mistura de felicidade e culpa. Preciso rever, preciso sentir, preciso. Então entro, caminho um pouco e vejo em grande espelho. Me aproximo, olho fixamente e sinto aquele frio no estômago típico da primeira vez.

Observando com carinho, vi que estava ali. Meu antigo “eu” me aguardava naquela que seria uma das muitas vezes que o encontraria.

O reencontro tão esperado que veio lentamente com o passar de longos meses nesta vida agora compartilhada com filhos. Minha versão pré e pós maternidade se entenderam, enfim! E percebemos que há espaço para seguirmos, mesmo agora em peles diferentes, caminhando lado a lado.

Dê uma chance ao seu “ex eu”, a vida nunca mais vai voltar a ser a mesma, mas lembre-se de que a mãe que você é hoje foi construída ao longo do caminho!

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista E eu nem queria ser mãe, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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