Das águas aos mistérios: os enredos que encantaram o Carnaval de Corumbá
Diante da alteração no julgamento, o montante R$3 mil, R$2 mil e R$1 mil para as três primeiras, respectivamente, escolas vencedoras não será desembolsado
O Carnaval de Corumbá, a 413 km de Campo Grande, neste ano foi marcado por mudanças e emoções. Devido à forte chuva que afetou a cidade no domingo (2), o primeiro dia de apresentações das escolas de samba foi transferido para segunda-feira (3).

A Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá) decidiu não julgar o desempenho das agremiações no Carnaval 2025, após a chuva estragar alegorias de escolas.
Após o ocorrido, ao todo, seis agremiações desfilaram na Passarela do Samba, em uma noite que, apesar das adversidades, manteve o brilho e a alegria da festa.
Diante da alteração no julgamento, o montante R$3 mil, R$2 mil e R$1 mil para as três primeiras, respectivamente, escolas vencedoras não será desembolsado e a tradicional apuração de Quarta-feira de Cinzas está cancelada.
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Primeira noite
- A Imperatriz Corumbaense abriu a noite com um enredo que homenageou elementos do candomblé, com destaque para o xirê.


- Em seguida, a Estação Primeira do Pantanal celebrou a história do carnaval corumbaense com o tema “Recordar é Viver”.


- A Império do Morro prestou homenagem à região Nordeste, o “Eldorado do Sertão”.


- A A Pesada se inspirou na história da empresária de turismo pantaneira Joice Marques, retratando sua trajetória e a rica biodiversidade do Pantanal.


- A Mocidade Independente da Nova Corumbá apresentou o enredo “Água, Essência da Vida”, com carros alegóricos que representavam a importância desse elemento.


- A Unidos da Major Gama encerrou a primeira noite com uma homenagem ao “Mago da Cultura Corumbaense”.


Segunda noite
A segunda noite de desfiles foi marcada por temas como águas, mistérios e entidades religiosas, além da despedida emocionante de uma rainha de bateria.
- A Vila Mamona abriu a noite com um enredo sobre o misticismo do número 13, reeditando o clássico samba “Gato Preto”. A apresentação foi marcada por um ritual de maldição na comissão de frente e por alegorias que representavam o jogo de azar e a história da retomada de Corumbá.


- A Marquês de Sapucaí levou para a avenida a história de Oxóssi, o senhor das matas, com uma apresentação que destacou a cultura africana e a proteção da natureza.


- A Acadêmicos do Pantanal homenageou os rios do mundo, com alegorias que representavam cursos d’água de diversos países. A apresentação foi marcada por um incidente com a porta-bandeira, que precisou ser substituída.


- A Caprichosos de Corumbá encerrou os desfiles com um enredo sobre a sabedoria dos pretos velhos, entidades da umbanda. A apresentação foi marcada pela despedida emocionante da rainha de bateria Nanda Ferraz.

