30 anos do Plano Real – Você se lembra quais moedas já passaram pelas nossas carteiras?
Antes do Real entrar em vigor, o Brasil passou por oito trocas de padrões monetários, na tentativa desesperada de sanar essas oscilações econômicas
Em 01/07/1994, após uma sequência exaustiva de mudanças econômicas, entrava em vigor o Plano Real que, contrariando muitas opiniões da época, acabou resolvendo o problema das tentativas de estabilização da economia.
Conselho Monetário Nacional)
O Real teve um papel crucial quando foi trazida a público, o de tentar conter o a inflação descontrolada que vinha destruindo a renda dos brasileiros desde os anos 70.
Antes do Real entrar em vigor, o Brasil passou por oito trocas de padrões monetários, na tentativa desesperada de sanar essas oscilações econômicas.
Conheça quais foram as moedas do Brasil
De 1942 a 1967: Cruzeiro
A primeira mudança aconteceu lá nos anos 40, com o objetivo de padronizar a moeda em circulação.
De 1967 a 1970: Cruzeiro Novo
Nessa época a inflação já estava desvalorizando o cruzeiro, que foi substituído pelo cruzeiro novo.
De 1970 a 1986: Cruzeiro
Nos anos 70, o cruzeiro voltou a circular, mas o valor se manteve o mesmo.
De 1986 a 1989: Cruzado
Com o fim da Ditadura Militar, o Brasil sofria os efeitos de uma inflação de mais de 100%. Na tentativa de resolver isso, o então presidente José lançou o Plano Cruzado.
De 1989 a 1990: Cruzado Novo
A inflação não dava sinas de trégua. A solução foi mais um corte de zeros: mil cruzados (Cz$ 1.000) passaram a valer 1 cruzado novo.
De 1990 a 1993: Cruzeiro
E ele voltou! Olha o cruzeiro aí de novo. A moeda foi ressuscitada durante o Plano Collor, em uma época que a inflação já chegava na casa dos 2.000%.
De 1993 a 1994: Cruzeiro Real
O presidente Fernando Collor renunciou para fugir do impeachment e quem assumiu foi o vice Itamar Franco. E foi lançada uma nova moeda temporária, o cruzeiro real.
Desde 1994: Real
Em fevereiro de 1994, o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso lançou o Plano Real, que contava com todo um ajuste fiscal para pôr ordem na economia.
Ninguém pode negar é que desde sua implementação, o Plano Real causou uma revolução na economia brasileira.
No entanto, o mesmo R$ 1 que foi lançado há três décadas não tem o mesmo valor hoje. Isso porque, de lá para cá, houve um acúmulo de inflação, o que fez a moeda desvalorizar.
Compare alguns preços de itens em 1994 e 2024 para entender melhor a importância de uma política econômica que funcione e proteja o bolso de nós, cidadãos, contra o dragão da inflação.
Analisando essa jornada econômica fica claro que o Plano Real foi um divisor de águas fundamental na estabilização econômica do Brasil, mas, conseguimos perceber, também, que o acúmulo da inflação nestes últimos 30 anos deixa claro que os desafios ainda são grandes no que diz respeito a estabilização da economia e o mais importante, como manter o poder de compra do cidadão?
Até que sejamos um país como uma política econômica eficiente e que sejamos estáveis financeiramente, um fator importante que deve ser colocado na balança é como manter o poder de compra do nosso dinheiro no decorrer do tempo.
E isso só conseguimos garantir com um bom processo de educação financeira, onde a importância de um planejamento financeiro bem-feito é crucial para evitar alavancagem financeira, que pode nos obrigar a nos submeter ao pagamento de juros em bancos e financeiras.
Além disso, outra ação importante para garantir que seu poder de compra não seja corroído. Uma das formas de garantir que isso não aconteça é estar preparado para tomar decisões inteligentes quanto aos investimentos nos quais serão aportados recursos para constituição da sua reserva de emergência e sua reserva financeira. Esses jamais devem apresentar rentabilidade inferior à inflação do período.
Estar atento às mudanças econômicas que acontecem no Brasil é, de fato, importante. Contudo, mais importante ainda é garantir que os cuidados com suas finanças pessoais. Essa é uma forma de diminuir os impactos da inflação, da instabilidade econômica e de outros problemas que todo esse cenário pode trazer para você e sua família hoje e, principalmente, no futuro.
Para isso, faça as contas!
