É possível poupar dinheiro, ganhando pouco?

Há algumas semanas, um leitor fez um comentário no artigo daquela semana fazendo uma pergunta que nos chamou demais a atenção. “Dá pra guardar grana, ganhando mal?”

Esse foi o comentário e, certamente, deve passar isso na cabeça de muita gente.

E, realmente, esse é um desafio difícil de superar porque vivendo num país como o nosso onde a renda da maioria dos brasileiros não evoluiu e ainda ter que lidar com o aumento de preços de moradia, mercado, gasolina e tudo isso numa velocidade acelerada, como por exemplo, o preço da energia elétrica que segundo o (CBIE) Centro Brasileiro de Infraestrutura o reajuste na conta de energia deve ficar, em média, em 6% neste ano, contra a inflação que no mesmo período (Jan-Ago/2023) acumula alta de 3,50%. E sem subir o salário …

Falando de forma objetiva, viver como a média dos brasileiros vivem é desafiador poupar.

Mas temos que nos provocar sempre em como podemos viver melhor.

Um ponto que avaliamos muito é que as oportunidades não estão só nas grandes capitais, que são lugares caros para se viver.

Particularmente, em nosso estado, que está numa fase de desenvolvimento econômico que não tem mais volta, tem a migração empurrada de forma acelerada para as cidades que apresentam maior desenvolvimento e, com isso, a demanda está em todos os lados. Isso faz com que o interior esteja extremamente carente de bons profissionais, de especialistas. Precisa de bons pintores, bons médicos, bons dentistas, bons motoristas e por aí afora. Ou seja, tem espaço para todos.

Você morando numa cidade menor, teoricamente, o seu custo de vida será menor. Aumenta a possibilidade de se pagar menos na moradia, no transporte, na saúde, educação, etc.

A pergunta que devemos nos fazer é “onde pagam bem pelo que eu faço?”. Muitas vezes, as boas oportunidades estão num raio de menos de 500 km.

O que o brasileiro tem é uma resistência cultural muito forte em sair de perto da família para buscar colocação e boas oportunidades. E, com isso, acabamos ficando sujeitos às condições que a sociedade nos impõe para poder viver e conseguir um bom emprego e, com isso, não paramos para pensar para buscar soluções diferentes. A gente só aceita. E isso nos impede de expandir, “sair da caixa”, desfrutar de uma vida mais confortável e menos atribulada financeiramente.

Com isso, torna-se possível que os seus custos diminuam e te leve a uma possibilidade de começar a poupar todos os meses.

O que é certo e líquido é que para gerar a capacidade de poupar você precisa mudar o estilo de vida.

Existem, sim, os métodos para enquadramento das finanças como, por exemplo, o famoso 50/30/20, onde:

• 50% da sua receita mensal irá para gastos fixos e essenciais;
• 30% irão para gastos variáveis e livres;
• 20% da sua renda será direcionada para investir nos seus objetivos de curto a longo prazo.

Mas, como já sabemos, essa matemática não funciona para todos da mesma forma porque as condições de vida são muito particulares.

A proposta, aqui, é sair do convencional e nos obrigarmos a pensar de uma forma diferente em dinheiro para que efetivamente possamos ver as mudanças financeiras acontecerem de verdade em nossa jornada. Lembrando que tudo que nos obriga a sair da zona de conforto nos assusta e nos faz resistir, e fazendo uma analogia ao surfe (esporte) não é nada fácil superar a “zona de arrebentação”, mas sabendo usar a força do mar a seu favor, você consegue desfrutar de ondas maravilhosas e que te trarão momentos inesquecíveis.

Para isso, faça as contas!