Ferrogrão, Bid Pantanal e Fethab
Ministro do STF suspendeu o andamento dos atos e ações em torno da ferrovia até que esse assunto fosse melhor analisado ou solucionado
Nesses dias estiveram em evidências assuntos de interesses para o estado. A informação sobre a Ferrogrão, a ferrovia entre Sinop e Miritituba, é um deles.
Praticamente tudo está parado por causa de decisão do STF. Um partido político entrou com ação dizendo que a ferrovia poderia passar em terra de comunidade indígena e que isso afetaria a vida daquele povo. Ministro do STF suspendeu o andamento dos atos e ações em torno da ferrovia até que esse assunto fosse melhor analisado ou solucionado.

Apareceu informação recente de que os envolvidos na construção da futura ferrovia fizeram novo estudo e conseguiram um traçado que não passaria na terra daquele povo indígena. Acreditam muitos que, depois dessa alteração, o STF poderia liberar o andamento dessa futura ferrovia.
Para muitos, e me incluo, a ferrovia passando nas fraldas de uma comunidade indígena poderá no futuro, se ela trabalhar nessa direção, beneficiar aquele povo. Poderá, com inteligência, tirar vantagens da ferrovia para ganho para a comunidade. Isso ocorreu antes no oeste norte americano, por que não com a Ferrogrão e os indígenas da região?
Outro assunto de interesse do estado foi a volta da conversa sobre o BID-Pantanal. Aquele programa que teria 400 milhões de dólares para ser distribuído entre MT e MS, onde está o Pantanal. Teve momento de euforia sobre o assunto, depois a coisa foi saindo de pauta. Agora volta ao noticiário.
Os municípios da Baixada Cuiabana, que, em tese, devem ser beneficiados pelo programa, deveriam movimentar mais para que isso ocorra. Não se vê nada nessa direção. Por que não um encontro dos prefeitos desses municípios para criar um grupo de pressão, com apoia na Associação Mato Grossense dos Municípios, na busca de concretizar mesmo esse empréstimo?
Vai beneficiar a agricultura familiar, pode ser fonte de produção de frutas e verduras para abastecer a grande Cuiabá, uma região com um milhão de habitantes. Pode, muita se fala nisso também, trazer até recursos para saneamento.
Seria bom para as cidades, para o rio e a população de maneira geral. Com um rio mais saudável, o que tira dali e do seu arredor seria melhor para a saúde de todos. Cadê a movimentação de prefeitos da região e de deputados eleitos com votos desses municípios? Esse assunto tem que entrar na pauta regional.
E, por último, é que no Fethab a arrecadação sobre o diesel vai desaparecer agora em dezembro. Cerca de 50 por cento dos municípios do estado vão deixar de receber sua parte nessa arrecadação. Os municípios mais pobres, com arrecadação menor, esse recursos é fundamental para o orçamento local. Se desaparecer, como fazer para cobrir isso?
Um assunto dessa importância para tantos munícipios entrou na pauta das discussões somente agora, já quase no momento em que aquela contribuição vai desaparecer. Por que não se fez debate maior antes?
Prefeitos, vereadores, deputados e senadores também não se movimentaram. Agora se tem que descobrir meios para cobrir o baque orçamentário que vai ocorrer em muitas prefeituras.