Inflação em alta? Descubra como proteger seu dinheiro
A principal consequência da inflação é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda.
Nesse cenário difícil de inflação que estamos atravessando, é de fundamental importância termos em mente estratégias para proteger o patrimônio. Isso porque a inflação atinge diretamente o poder de compra dos brasileiros.

Ela indica o aumento generalizado dos preços dos bens e serviços dos mais variados setores. Com base nesse fenômeno, podemos perceber, por exemplo, que o custo de vida para pessoas e empresas fica cada vez maior.
Digamos que o preço da carne vermelha aumentou nos últimos três meses. Isso quer dizer que houve inflação no valor da carne. O índice de inflação é feito com base em todos os produtos, ou seja, é uma média no preço dos itens que estão sendo analisados.
No Brasil, o principal índice que determina a inflação é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Ele determina a inflação de produtos e serviços das famílias que recebem de 1 a 40 salários-mínimos, levando em conta os valores de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população.
Os principais itens da cesta que refletem os padrões de consumo dessa faixa de renda são:

A principal consequência da inflação é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda.
Outra consequência está ligada ao rendimento real dos investimentos. O rendimento real ou a rentabilidade real é aquela conseguida em uma aplicação, descontada a inflação.

Se um investimento teve um retorno de 10% ao ano e a inflação no período foi de 2% ao ano, sua rentabilidade real foi de 8%.
Mas se um investimento teve esse mesmo rendimento, de 10% ao ano, em um período em que a inflação foi 11%, a rentabilidade real foi negativa: isto é, mesmo rendendo alguma coisa, o investidor “perdeu” dinheiro.
Exemplo prático disso é o que pode acontecer com aplicações em poupança, cuja rentabilidade está atrelada à Selic, a taxa básica de juros da economia.
Se a Selic ficar abaixo da inflação, a rentabilidade real da poupança será negativa e, ao contrário do investidor que procura ver seu patrimônio crescer por meio de ganhos reais, acima da inflação, ele verá seu patrimônio diminuindo.
Como o Brasil é um país em que esse é um tema recorrente há anos, é essencial buscar formas de se proteger dos efeitos da inflação que, se não forem bem gerenciados, podem afetar e muito o bolso e o padrão de vida de qualquer cidadão.
Invista em educação financeira e planejamento
O monitoramento dos índices de inflação e acompanhamento da economia podem ajudar no ajuste do seu orçamento e despesas mensais conforme a sua necessidade.
Com isso, você pode fazer um planejamento mais eficaz das suas finanças e traçar as melhores estratégias de planejamento segundo a sua realidade financeira.
Reduza ou renegocie as dívidas
Renegociar as dívidas também ajuda na hora de lidar com a inflação. Para isso, você pode fazer a renegociação com o seu credor e buscar taxas menores que te protejam contra os aumentos futuros nos juros. Isso o ajudará a evitar que o custo do financiamento suba com o aumento da inflação.
Faça investimentos e diversifique sua carteira
Investir também é uma forma de se defender da inflação. Diversificar a sua carteira de investimentos pode ajudar e muito. Abaixo opções de investimentos que protegem seu dinheiro dos efeitos da inflação:
Títulos do Tesouro Direto (Tesouro IPCA+)
Títulos do Tesouro Direto ou Títulos do Governo, atrelados ao IPCA, oferecem uma proteção muito interessante contra a inflação, já que nesse tipo de aplicação, o investidor recebe uma taxa de juros fixa mais a variação do IPCA no período, o que vai garantir que você consiga se proteger da inflação.
O Tesouro Direto é uma modalidade de investimento muito segura, já que ao investir nesse tipo de título, você está, de certa forma, emprestando dinheiro para o Governo Federal.
CDB (Certificado de Depósito Bancário) atrelados ao IPCA.
Alguns bancos emitem CDB’s atrelados ao IPCA, oferecendo uma taxa de juros fixa mais a variação do índice de inflação.
Sendo, portanto, uma boa opção para quem deseja se proteger da inflação. CDB’s são títulos de renda fixa emitidos pelos bancos para captar recursos financeiros no mercado e destiná-los a clientes que precisam de crédito.
Esse tipo de título também conta com um excelente nível de segurança, sendo considerado uma aplicação financeira de baixo risco, em função da garantia oferecida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) atreladas ao IPCA
Assim como acontece nos CDBs, também é possível encontrar LCI’s e LCA’s atreladas ao IPCA. Títulos dessa natureza são emitidos pelos bancos visando captar recursos para financiar atividades do setor imobiliário e do agronegócio.
Além de ajudar você a se proteger da inflação, um dos grandes benefícios das Letras de Crédito é a isenção de Imposto de Renda para Pessoa Física.
Com a alta da inflação, é fundamental que cada cidadão esteja atento às variações do mercado e busque maneiras de minimizar seus impactos, seja por meio da educação financeira, investimentos inteligentes ou planejamento de gastos.
Diante desses desafios, a inflação segue sendo um dos principais fatores que impactam a vida do brasileiro, afetando desde o preço dos alimentos até a capacidade de planejamento financeiro.
Com um cenário em constante mudança, entender seus efeitos e buscar estratégias para se proteger torna-se essencial para preservar o poder de compra e garantir um futuro mais estável.