Mato Grosso é o estado com mais inadimplentes de todo o Brasil
Brasil tem 72 milhões de inadimplentes, ou seja, 43,85% da população brasileira encontra-se endividada
Foi divulgado o número de inadimplentes em todo o território nacional e o estado de Mato Grosso, infelizmente, ocupa a liderança deste ranking.

Esta informação tem data-base Fevereiro/2024 e representa o cenário de endividamento, bem como, de renegociação de dívidas e ofertas disponíveis e é divulgada mensalmente pela Serasa.
Em todo o Brasil temos 72 milhões de inadimplentes, ou seja, 43,85% da população brasileira encontra-se endividada.
Quando analisamos o perfil dos endividados podemos verificar que os gêneros feminino e masculino são muito similares na representação do cenário de inadimplência e que a faixa etária com maior endividamento está entre 41 e 60 anos.

E aqui, temos um ponto curioso!
A faixa etária que representa a maior fatia de endividados é aquela em que a idade das pessoas está entre 41 e 60 anos, que é faixa etária que mais sofreu com os eventos econômicos que assolaram a economia do Brasil nas décadas de 80 e 90.
Relembrando alguns destes eventos, inflação descontrolada, troca de nove padrões monetários (Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, etc.), o fatídico confisco da poupança em março/1990 e inflação que chegou a mais de 2.000% na década de 90.
Tudo isso contribuiu para a total falta de educação financeira a qual foi submetida a geração que viveu esses momentos considerados como a “década perdida”.

E quando trazemos essa realidade para nosso estado, nos deparamos com 53,49% da população em situação de inadimplência, sendo o estado com o maior percentual de endividados no Brasil.

Ou seja, dos 3,7 milhões de habitantes, mais da metade está em situação de inadimplência, o que, obviamente, traz sérias complicações diretas e indiretas para o cidadão que se encontra nesta situação. Sob o ponto de vista de complicações diretas estão a negativação do nome, acúmulo de juros e restrições no acesso ao crédito. Mas estão sob o ponto de vista das complicações indiretas aquelas que causam um efeito muito mais devastador que são os impactos sobre a saúde mental do indivíduo. Leia-se noites mal dormidas, estresse constante por conta das cobranças e qualidade de vida afetada como um todo.
Mas quando olhamos sob outro aspecto para esse tema da inadimplência e endividamento observamos que os impactos desse assunto reverberam muito além da esfera individual, afetam, também, a esfera econômica.
Essa situação de inadimplência leva, fatalmente, a redução do consumo. Com menos pessoas comprando, o comércio vende menos e por sua vez compra menos da indústria. A indústria tendo uma menor demanda na produção não vê necessidade em manter o quadro de funcionários que atende a toda a demanda e isso resulta em demissões e, consequentemente, o desemprego aumenta. Isso forma um ciclo negativo que afeta a economia como um todo, desacelerando o crescimento econômico do estado ou do país.
Por isso, existem as iniciativas para renegociação de dívidas e reestruturação das finanças da população. A finalidade é organizar aquilo que está pendente para que os impactos sejam controlados tanto no aspecto micro que é o individual como no aspecto macro que é o coletivo.
Um exemplo disso é a ação Serasa Limpa Nome e outras iniciativas existentes.
Atualmente, existem para o estado do Mato Grosso mais de 8 milhões de ofertas disponíveis e aprovadas para que o cidadão mato-grossense recorra a essas iniciativas e renegocie sua dívida com a finalidade de regularizar sua situação e algumas dessas ofertas chega a atingir 96% de desconto sobre o valor da dívida original.

Desses 8 milhões de acordos aprovados, mais de 48 mil já foram contratados efetivamente com o intuito de reestruturação de dívidas.

E, analisando, todo esse cenário lembramos mais uma vez que dentre os principais motivos do endividamento está a desorganização financeira e, em especial, o descontrole entre o que você gasta e o dinheiro que você recebe regularmente. Fazer esse controle é um dos fatores mais importantes para que a saúde financeira não seja prejudicada.
Invista tempo em fazer seu planejamento mensal, em buscar informações de como se relacionar com o acesso ao crédito e em entender como melhorar cada vez mais a gestão financeira dos seus recursos. Isso certamente te afastará da estatística que tratamos hoje aqui.
Para isso, faça as contas!