Qual a renda dos Super Ricos no Brasil
Ser um super-rico no Brasil significa ter um ganho de, no mínimo, R$ 3,7 milhões no ano
Esse é um assunto que sempre chama muita atenção. Quanto, realmente, ganham os mais endinheirados?

Na verdade, não há hoje uma definição exata de quem é rico ou super-rico. Mas estudos têm trabalhado com o recorte do milésimo mais rico da população, ou seja, quem está entre o 0,1% ao 0,01% do topo da pirâmide de renda do país.
E quem é considerado rico no Brasil hoje?
Aqui, uma pessoa é considerada rica quando possui uma renda alta e, também, um patrimônio total significativo. Geralmente, são indivíduos que ocupam cargos de alto escalão em empresas, possuem negócios próprios ou têm grandes investimentos.
Em torno de 20 mil pessoas, que é a quantidade aproximada que se encontra na fatia de 0,01% mais rico do Brasil, detém em média R$ 151 milhões de riqueza total, isso descontadas as dívidas, ou seja, aquilo que realmente está livre de ônus.
Trocando em miúdos, ser um super-rico no Brasil significa ter um ganho de, no mínimo, R$ 3,7 milhões no ano, o que ao trazermos para o âmbito mensal significa viver com algo em torno de R$ 308 mil por mês.
Lembrando que esses R$ 308 mil de renda são somente o piso dessa pequena fatia de brasileiros que ocupam o topo da pirâmide, de acordo com dados da Receita Federal.
No topo deste topo, quer dizer, 10% do 0,1% mais rico, ou 0,01% de toda a população, a renda pode alcançar a R$ 1,6 milhão por mês, o equivalente a R$ 20 milhões recebidos no ano.
De acordo com sociólogos e pesquisadores, os números são apenas uma aproximação, uma média, porque mesmo dentro do grupo do 1% mais rico há muita desigualdade. Ele é só um vislumbre de como está representado hoje o topo da nossa pirâmide.
A renda mensal, por sua vez, pode ser formada por duas principais fontes: as rendas do trabalho, caso do salário, e as chamadas rendas de capital, que são todas as remunerações por investimentos e outros ativos, como os lucros e dividendos pagos pelas empresas.

Fonte: Receita Federal/Imposto de Renda 2021
Para sermos mais específicos em termos de riqueza, não podemos considerar apenas a renda mensal ou anual dessa categoria de pessoas. O patrimônio líquido é um fator de extrema relevância para determinar qual escala a pessoa ocupa nesse seleto grupo.
Quando olhamos para riqueza total dos indivíduos que estão no topo da pirâmide, o cenário se mostra da seguinte forma.
O 1% mais rico acumula R$ 4,6 milhões em estoque médio de riqueza, ou seja, o patrimônio líquido dessas pessoas, descontadas todas as dívidas, financiamentos ou quaisquer categorias de ônus sobre o patrimônio total chega ao valor de mais de R$ 4,0 milhões de reais.
Já a próxima escala, a dos 0,1% mais ricos do Brasil, o total líquido de estoque de riqueza alcança os R$ 26,2 milhões líquidos.
E quando olhamos para o topo do topo da pirâmide estão os 0,01% mais ricos do Brasil com nada mais, nada menos que a partida de R$ 151,5 milhões em patrimônio líquido.
Mais uma informação, segundo dados da Receita, atualmente são 3.600 pessoas que têm um patrimônio líquido médio declarado de R$ 271 milhões.
Diante de todas essas cifras assustadoramente milionárias, é importante ressaltar que ser rico não significa apenas ter muito dinheiro, mas também ter estabilidade financeira e saber gerenciar tudo que envolva a manutenção, multiplicação, retenção e, o mais desafiador, perpetuidade deste patrimônio.
O que sabemos é que com exceção dos casos em que esse patrimônio foi gerado por recebimento de uma herança ou algo similar, os princípios de consciência e responsabilidade financeira precisaram estar muito bem estabelecidos em um determinado momento no decorrer dessa jornada para garantir e assegurar que esse patrimônio todo se mantivesse.
O que queremos relembrar aqui é que independente de se ter, em mãos, uma quantia astronômica para se administrar ou que essa quantia seja mais modesta, a base e os princípios financeiros para que o patrimônio se mantenha e se multiplique, guardadas as devidas proporções, são basicamente os mesmos.
É necessário que você invista em qualificação e aprendizado ao longo do processo para que as oportunidades de rentabilização sejam ampliadas. Estar sempre focado em aprimorar suas habilidades técnicas e interpessoais, cuidar da diversificação dos investimentos focando no crescimento do patrimônio ao longo do tempo e outras ações importantes que garantirão que no longo prazo a recompensa venha de acordo com sua realidade pessoal e financeira.
Para isso, faça as contas!