Sem salário fixo dá pra ter um planejamento financeiro?
Colunistas apontam algumas receitas que podem fazer a diferença nessa remodelação financeira
Sem dúvida, essa é uma preocupação bem grande que a maioria das pessoas que não tem uma quantia pré-determinada para receber ao certo, arrasta durante todo o mês.

Ter um planejamento financeiro sem ter um salário fixo é um desafio grande, mas como sabemos tudo que envolve finanças traz dois conceitos que, na maioria das vezes, se bem empregados, sempre trazem resultados satisfatórios: organização e disciplina.
E, certamente, esse “esforço” minimizará bastante a agonia de saber se conseguiremos pagar ou não todas as nossas contas e nos poupará, com certeza, de algumas noites de sono mal dormidas.
E, mais do que isso, há quanto tempo estamos ouvindo esses conceitos de como se organiza as contas, como se gastar menos, como isso, como aquilo e percebemos que pouco avançamos no decorrer do tempo. E que sempre voltamos a estaca zero. Porque não consigo organizar minhas finanças.
Essa é uma análise muito delicada que envolver muitos conceitos, dentre eles, temos conhecidos como falta de educação financeira nas escolas, falta de cultura de poupar, um país assolado com décadas de inflação.
Mas, também, não dá pra colocar só a responsabilidade disso tudo nos fatores externos. E o quanto eu estou me envolvendo, verdadeiramente, para mudar esse cenário? O quanto eu estou engajado nesse novo modelo que quero para minha vida?
É uma análise dura e séria que precisamos fazer, pois, para a natureza do ser humano, em si, é mais fácil permanecer na zona de conforto a se lançar em busca de mudanças e reformas pessoais.
Dá trabalho, e não é pouco, mas poder se visualizar em outro patamar, em outro nível de vida faz valer todo esse sacrifício que na maioria das vezes dói e é necessário.
Algumas das receitas prontas que temos fazem diferença nesse processo de remodelação financeira:
- Coloque numa lista suas fontes de renda. Tudo aquilo que você recebe dentro do mês. Aqui é tudo mesmo. Trabalhos temporários, vendas que você fez, serviços que você prestou, receita de investimento, enfim, tudo que entrar você, anota.
- Calcular uma média de quanto você teve de entrada semanal e mensal nos últimos 6 meses. Isso vai te dar uma noção mais realista de quanto você, realmente, tem de entrada por semana e mês
- O orçamento de quem não tem renda fixa precisa priorizar as despesas essenciais. Quais são elas, moradia, mercado, açougue, transporte, despesas fixas. A partir daí é que parte dos ganhos pode ser direcionada para aquilo que não é essencial.
- As metas financeiras são cruciais. Aqui é como economizar para emergências, pagar dívidas atrasadas, investir ou até mesmo fazer uma viagem. Quando temos metas, colocamos nossos esforços na direção delas, e o resultado vem.
- Registre todos os seus gastos. Até aqueles menores. Isso ajuda e muito você a entender para onde está indo seu dinheiro e onde você precisa ajustar quando for receber menos.
- Esteja preparado para ajustar seu estilo de vida daquele mês ao quanto a sua renda vai flutuar. A receita vai ser menor? Reduza os gastos com aquilo que não é essencial e quando a renda estiver acima da média aumente suas economias.
Por fim, para que o planejamento financeiro seja considerado bom e que funciona sempre vai requerer muito esforço por parte do planejador e de todos que nele estiverem envolvidos. E isso exige que seja ajustado, constantemente. E conforme a situação financeira for mudando é preciso mexer de novo no plano para que essas mudanças estejam refletidas lá.
Como dissemos, não é nada fácil porque envolve mudança de comportamento, ir contra padrões que arrastamos ao longo dos anos e inúmeros outros fatores que estão embutidos nesse emaranhado. Mas o que podemos atestar, pois, já acompanhamos e atestamos inúmeras pessoas e famílias conseguindo inverter essa equação e desfrutando de uma vida financeira mais estável e organizada financeiramente.
É possível, com certeza!
Para isso, faças a contas!