Militarização à força? Comunidade escolar diz não foi ouvida em Rondonópolis
A justificativa para a mudança seria a necessidade de controle da violência na unidade.
A possível transformação da Escola Estadual Edith Pereira em unidade militarizada tem causado insatisfação entre professores, pais e estudantes em Rondonópolis (218 km de Cuiabá). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), a proposta foi apresentada de forma restrita durante uma reunião do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE), realizada antes do feriado de Carnaval, sem consulta ampla à comunidade.

A justificativa para a mudança seria a necessidade de controle da violência na unidade, alegando que a gestão militar poderia resolver o problema.
De acordo com o órgão, pais e responsáveis estão preocupados, pois querem entender melhor o processo de mudança e acreditam que a decisão deve ser tomada diante de um debate mais aberto.
Além disso, o sindicato diz que a medida não seguiu o protocolo exigido pela Lei nº 12.388, que determina a realização de consulta pública antes da adoção do modelo militarizado. O Sintep em Rondonópolis diz ter solicitado acesso à ata da decisão, mas não recebeu retorno da Diretoria Regional de Ensino (DRE).
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Escolas cívico-militares em MT
As escolas cívico-militares já são realidade concretizada em Mato Grosso. Além das já existentes, o Governo do estado informou que mais 33 escolas estaduais adotaram o regime cívico-militar, a partir de 2025.
Segundo a Seduc, o modelo mantém o currículo tradicional da secretaria, com professores responsáveis pelo ensino e militares da reserva contribuindo para a organização e disciplina.