Escolas públicas: um em cada três professores não possui formação suficiente

Pesquisa divulgada pela organização Todos Pela Educação, pela Fundação Santillana e Editora Moderna, revela que um em cada três dos professores de escolas públicas não possui a qualificação necessária para ensinar suas disciplinas. Além disso, 12,8% dos professores em todo o país não têm formação universitária. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica.

Nacionalmente, 12,8% dos professores não têm diploma de graduação. Essa deficiência é mais acentuada na educação infantil, onde 20,5% dos professores não concluíram a faculdade. Em contraste, o ensino médio apresenta o maior índice de professores graduados, com 96%. Além disso, 84,5% dos docentes possuem licenciatura.

Os dados públicos sobre a educação brasileira foram reunidos através do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Ministério da Educação.

Carreira

Em 2023, o salário médio mensal de professores da rede pública com ensino superior foi de R$ 4.942, cerca de 14% menor que o de outros profissionais com mesma formação. Embora haja melhoria nos rendimentos, a estabilidade no emprego piorou. A contratação temporária de professores aumentou significativamente nas redes estaduais desde 2013. Atualmente, mais da metade dos docentes trabalham em regime temporário.

96,3% das redes municipais e 100% das estaduais possuem esse instrumento. Além disso, 82,9% dos municípios e 85,2% dos estados estabelecem limite de dois terços da carga horária para interação com alunos, reservando um terço para planejamento. Essa medida segue a Lei do Piso Nacional do Magistério.

Valorização docente

Está prevista em lei, a valorização docente. O PNE (Plano Nacional de Educação) visa garantir que todos os professores da educação básica tenham formação superior específica em sua área de atuação até 2025. Isso significa que eles precisam ter concluído um curso de licenciatura na área em que lecionam. Além disso, o PNE busca equiparar o salário médio dos professores ao de outros profissionais com escolaridade equivalente, uma meta que inicialmente deveria ter sido alcançada até 2020.

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