Mãe manda carta carinhosa para escola sobre dinâmica do filho com autismo
Uma mãe de Cuiabá teve uma ideia criativa: explicar aos coleguinhas de escola, por meio de um panfleto, sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) do seu filho
Toda mãe aguarda ansiosa o primeiro dia de escola do filho. Para Nanny Bologna, de 31 anos, não foi diferente. Mãe de José Caetano, um menino autista de 3 anos, com suporte nível 3 e não verbal, ela preparou um bilhete cheio de carinho para explicar aos pais dos coleguinhas como o filho pode se comportar na dinâmica escolar.

Nanny, que é mãe de duas crianças no espectro autista, pensou na reação das outras crianças caso o filho pegasse algo sem pedir — já que ele não fala e não compreende comandos básicos como “não”.
“Me senti de mãos atadas, mas me recusei a não fazer nada. Foi então que pensei: os pais dessas crianças podem ajudar nesse processo, desde que saibam do que se trata. Então, tive a ideia de fazer um panfleto apresentando ele e sua condição. Sei que não posso lutar todas as batalhas no lugar dele, mas isso não significa que não possamos lutar juntos!”, afirma Nanny, com determinação.
A ação, que busca principalmente conscientizar, foi feita de forma carinhosa, assim como toda mãe espera que seu filho seja tratado em qualquer situação.

“A nossa arma principal é a informação! Com ela, fica mais fácil transformar os cenários. Sei que não será fácil, crianças são crianças, mas tenho certeza de que podemos fazer isso da maneira mais cheia de amor possível!”, reflete.
Nanny explica que o aprendizado das crianças autistas é diferente do das crianças típicas. “Leva mais tempo, exige muito mais reforço. Então, pensei que ensinar o entorno — os colegas de classe que não são autistas — é uma forma de reforçar para ele o que ele precisa aprender”, diz a super-mãe.
Carregando consigo todo o afeto e cuidado que a jornada exige, Nanny reflete que o diagnóstico não é uma sentença, mas uma nova forma de ver e entender as coisas.

“Eu encaro como uma nova perspectiva… e é assim que venho enfrentando essa jornada. Olhando com um novo olhar, buscando novas alternativas”, compartilha, com um misto de esperança e resiliência.
O recadinho que viralizou é apenas uma demonstração de que o amor continua sendo, e sempre será, uma linguagem universal.

Comentários (1)
Essa mãe é maravilhosa !! Esperamos que as mães de crianças típicas saibam ensinar seus filhos como serem empaticos e como tratar as crianças atípicas com amor !!