Alfredo da Mota Menezes

Alfredo da Mota Menezes

BRT, uma vez mais

Trabalho começou ali por 2012 como uma das obras da Copa do Mundo em que Cuiabá. Lá se vão 13 anos e o modal não está pronto

em assuntos que não saem de pauta. O caso do BRT é um deles. As obras parecem eternas. O governo rompeu com o consórcio que recebia pagamentos em dia e não cumpria o cronograma programado de entrega dessa obra.

Obras do BRT em 4 de agosto. (Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT)
Obras do BRT (Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT)

Trabalho começou ali por 2012 como uma das obras da Copa do Mundo em que Cuiabá. Lá se vão 13 anos e o modal não está pronto ainda para ajudar no transporte coletivo na cidade e até em Várzea Grande.

Obras atrasadas atrapalham o comércio nesse ou naquele trajeto. Comerciantes prejudicados estão pedindo que o governo diminua a carga tributária porque não estão tendo vendas adequadas, a obra do BRT atrapalha.

O mesmo fato ocorreu na Avenida da FEB em Várzea Grande. Comerciantes foram prejudicados por anos. Não lembro se ali tiveram o benefício de não pagamento de impostos daquela obra que nunca acabava.

Chama a atenção como a empresa que realizava o serviço para o BRT, mesmo recebendo em dia, não realizava a obra no tempo acertado. O pior é que a sociedade não encontra meios para punir empresas que atuam assim. É um assunto no estado que nunca acaba.

Em Cuiabá sempre se comenta de muitos casos no passado em que empresas, quando eram punidas, mudavam de CNPJ e continuavam no mercado. E nesse tipo de conversa de mesa de bar se falava que empresas que atuavam assim não eram punidas porque podia ser uma daquelas que financiavam campanhas eleitorais desse ou daquele lado.

Voltando para o caso atual do BRT. Como punir uma empresa que não realiza o serviço que foi contratado? No presente caso não podia alegar que não fez o que deveria porque tinha dinheiro a receber do poder publico. O que se sabe é que ela recebia e não concluía o serviço. Incrível como somos engabelados nesses assuntos.

Por que órgãos de controle público como TCU, TCE e sei lá mais o que não atuam para resolver casos como esse? Quem fala então pela sociedade?

Um pouco da estória sobre esse tema. Era para ser o BRT, aí uns espertinhos fizeram uma propaganda enorme para ser o VLT. Governador, deputados, secretários foram a Barcelona e tiraram uma famosa foto em frente a um VLT. Caminho de propina mais robusta, era o comentário em Cuiabá. O preço desse meio de transporte era maior. Mudaram para o VLT, compraram até os vagões sabendo que a obra não ficaria pronta.

Voltou-se ao que era no início, o BRT. Anos depois da Copa ainda não se terminou essa obra. Se o governo Mauro Mendes resolver esse assunto fica no imaginário popular de forma positiva. Se não terminar agora entraria no time daqueles governadores que não conseguiram terminar uma obra que era para 2014, ano da Copa em Cuiabá. Espera-se que agora o assunto seja mesmo encerrado.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

Comentários (1)

  • Erasmo Angelo Pasqualotto , de Campo Verde, 66-9-9212-4780

    Bom dia Alfredo. Sou ouvinte seu assiduo aqui de Campo Verde.

    Sobre a Novela BRT, minha opiniao é que pra concluir essa obra do BRT , tem que pegar uma Empresa Grande, que ja tenha feito isso em outras metropoles. Uma empresa, seria , com know-how reconhecido nessa area.

    De que adianta ficar fazendo licitação, pegar o menor preço e a obra não ser entregue. ??
    Por isso que Cuiaba vem sofrendo.
    Mas claro, que seja feito tudo transparente de forma clara, sobre valores, prazos e qualidade do serviço a ser entregue a população, para que nao haja propina ,corrupção.

    Abraço