Mureta impede acessibilidade em faixa de pedestres no São Francisco

A sinalização fica na rotatória da Mascarenhas de Moraes com a 14 de julho, na região do São Francisco, local de grande fluxo de carros

No bairro São Francisco, uma faixa que deveria ajudar na hora de atravessar uma região muito movimentada é um verdadeiro desafio para os pedestres. Isto porque a travessia dá de cara com uma mureta.

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Mureta atrapalha quem quer atravessar a rua na faixa (Foto TV Morena)

O trabalhador da Construção Civil, José João da Silva, declara que é atravessar. “Está fechado, né? Não tem como passar, não”.

A sinalização fica na rotatória da Mascarenhas de Moraes com a 14 de julho, na região do São Francisco, local de grande fluxo de carros. A mureta foi instalada para proteger pedestres dos veículos. Para alguns, a estrutura acaba atrapalhando.

“Acho que pensou em uma coisa, a melhoria de alguma outra coisa e não pensou no ser humano que está no dia a dia”, completa o trabalhador.

Existem dois jeitos de passar. O primeiro é saindo da calçada e indo por fora da proteção de concreto. Neste caso, o pedestre é forçado a entrar na via, correndo o risco de ser atropelado.

A diarista Luzinete Barbosa, que trabalha na região, passa quase todo dia pela faixa e por fora dela. “Tem que pôr uma sinalização ali, alguma coisa para melhorar um pouco, para o pedestre atravessar com mais segurança. A gente corre muito risco, né?”, diz.

A segunda forma de atravessar pela faixa de pedestre é um pouco mais complicada. Exige um certo esforço físico porque você tem que subir na mureta de proteção, olhar para ver se não tem nenhum carro descendo pela Mascarenhas, fazendo a rotatória, e aí sim, você consegue passar.

Agora, se for uma pessoa com deficiência ou estiver empurrando um carrinho de bebê, não dá nem para imaginar fazer isso. É por isso que muita gente prefere passar bem longe da faixa de pedestre em meio aos carros e caminhões. O pior é que no local tem uma clínica e uma escola, o que aumenta a preocupação.

“Para as mãezinhas e as crianças aqui é horrível. A gente passa aqui pra levar as crianças pra escola e quase atropelado já fomos, que aqui o pessoal não para, não. Qual o significado disso aqui? Como é que atravessa isso aqui? Não tem como atravessar, a gente tem que passar pelo meio dos carros ou pular as crianças aqui, né?”.

A reportagem entrou em contato com o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno, para saber o que poderá ser feito. Ele respondeu que a equipe avaliou a situação e decidiu cortar parte da mureta para deixar o acesso livre para os pedestres. A mureta foi construída para proteger os pedestres de possíveis atropelamentos.

Segundo a Agetran, o trabalho no local deve ser feito em, no máximo, de 30 dias.

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