Paratleta tem vida transformada e chega à Seleção através do judô
A paratleta Hellen Cordeiro Machado teve a vida transformada através do judô. Com a visão reduzida, ela enfrentou diversas dificuldades pessoais, até conhecer o esporte, aos 15 anos. Atualmente, ela faz parte da Seleção Brasileira, e sonha em trazer uma medalha paralímpica ao Brasil, e à Mato Grosso do Sul. A história dela foi exibida durante uma série de reportagens no telejornal MS1, da TV Morena.

Hellen relembrou que, quando tinha apenas cinco anos, notou uma dificuldade de enxergar as falhas no asfalto, enquanto pedalava na bicicleta.
O motivo era uma toxoplasmose, na gestação da mãe, e uma falha no diagnóstico do pediatra quando ela era ainda um bebê.
“Quando ela foi para a escola, a professora viu que ela não acompanhava os outros alunos. Pra gente é um choque. O médico perguntou se eu não sabia que ela é cega. Eu falei que é baixa visão, é diferente”, relembrou a mãe.
Mesmo com a visão comprometida, ela sempre foi incentivada a ser independente. Em casa, ela não tem limitações.
Ainda assim, havia a timidez. Até a adolescência, não conversava com muitas pessoas e tinha dificuldade em relacionamento interpessoais.
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Até que se descobriu nos tatames no ISMAC (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos). “A sensei me chamou, fiz, e não parei mais”, relembrou Hellen, atualmente com 19 anos.
A sensei Anne Thalita Silva recebeu a jovem quando ainda tinha 15 anos, e logo percebeu que estava lidando com um prodígio.
“No primeiro treino já vi que ela tinha jeito pra coisa. Um porte (físico) que ajuda muito, e força”, disse a treinadora.
Logo vieram as conquistas regionais, escolares e nacionais. A ascensão meteórica foi até a Seleção Brasileira Paralímpica, na qual hoje ela faz parte. Vitórias que ficam guardadas na memória e na casa dela, com camisas e medalhas.

“Melhorei muito. Hoje, consigo conversar bem com as pessoas. Antigamente, era bem fechado. O judô me levou a lugares que nunca pensei em ir”, expressou a paratleta.
Hellen, segundo a sensei, é bastante elogiada na Seleção Brasileira e já está rankeada no IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos), para alcançar grandes obetivos na carreira.
