Ex-adjunto de Educação recebeu R$ 730 mil em propina, aponta Gaeco

Edio Castro é um dos alvos da Operação Turn Off, deflagrada na semana passada em MS

O ex-secretário-adjunto de Educação do Estado, Edio Castro, recebeu, até o final de 2022, mais de R$ 700 mil em propina no esquema revelado pela Operação Turn Off, deflagrada na semana passada em Campo Grande e outros cinco municípios.

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Edio Castro foi exonerado do cargo de secretário-adjunto de Educação (Foto Alems)

De acordo com os autos, foram R$ 730.080,12 recebidos por intermédio das empresas Posto Parada 67 e LGS Garcial Legal, sendo que a primeira era gerenciada à época por Victor Leite, funcionário dos irmãos Sérgio e Lucas Coutinho.

A Posto Parada transferia as quantias à LGS Garcia com emissão de notas fiscais frias. Assim os valores eram pagos a Edio. No entanto, ainda segundo consta na investigação, também houve repasse em dinheiro em espécie.

Como ocorreu em 18 de outubro de 2022, quando o ex-adjunto recebeu R$ 200 mil em “dinheiro vivo”. Tanto Edio, quanto Victor, Sérgio e Lucas foram presos preventivamente na última quarta-feira (29), porém soltos por força de habeas corpus na sexta-feira (1°), por decisão do desembargador Emerson Cafure.

Para que conseguissem liberdade, medidas cautelares foram impostas como uso de tornozeleira eletrônica, por exemplo. Edio, junto a outros servidores do Estado, foram exonerados assim que a Turn Off veio à tona. As defesas de todos alegam inocência dos clientes.

Esquema

Lucas, Sérgio e Victor são, supostamente, o centro de um esquema de vencimento de licitações em que o Poder Público compra itens superfaturados. Neste caso em específico foram ar-condicionados e produtos hospitalares.

Para vencer os pregões eles contavam com ajuda da pregoeira Simone Castro e de servidores como Edio e Andréa Lima, coordenadora do setor de contratos da SED (Secretaria de Estado de Educação).

Ao todo, ainda segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foram R$ 70 milhões desviados.

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