Justiça mantém presos policiais e caseiro investigados pelo assassinato do advogado Renato Nery
Acusados permanecerão detidos por pelo menos 30 dias, conforme decisão judicial
Os quatro policiais militares e o caseiro presos durante a Operação Office Crimes: A Outra Face tiveram suas prisões preventivas mantidas pela Justiça após passarem por audiência de custódia nesta quinta-feira (6), no Fórum de Cuiabá.
Eles permanecerão detidos por pelo menos 30 dias, conforme decisão judicial.

De acordo com as investigações, o caseiro teria sido o executor do assassinato do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido em 6 de julho de 2024, enquanto os policiais militares são suspeitos de envolvimento na organização do crime.
Defesa dos policiais
Os policiais presos são representados pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, que divulgou nota informando que está oferecendo apoio jurídico aos envolvidos. A entidade também colocou um perito criminal à disposição para realizar uma análise independente da perícia feita na arma apreendida durante a operação.
Ainda segundo a associação, há confiança na inocência dos policiais, e a defesa seguirá acompanhando as investigações para garantir que os fatos sejam esclarecidos.
Operação e investigações
A Operação Office Crimes: A Outra Face foi deflagrada na última quarta-feira (6) pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e cumpriu seis mandados de prisão contra cinco policiais militares – quatro da ROTAM (Rondas Ostensivas Táticas Metropolita) e um que já fez parte da coorporação – e o caseiro de uma chácara localizada no Bairro Capão Grande, em Várzea Grande. Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
Desses policiais, 4 foram presos e um está foragido. O caseiro foi preso ainda nessa quarta-feira (5). A chácara, alvo da operação, seria o local de encontro dos investigados pelo assassinato.
O advogado Renato Nery, ex-presidente da OAB-MT, foi baleado sete vezes na frente de seu escritório, na Avenida Fernando Correa da Costa, em Cuiabá. O crime teria motivação ligada a disputas por áreas de alto valor imobiliário, e a Polícia Civil segue investigando os mandantes e a estrutura criminosa por trás da execução.
Com a decisão judicial, os suspeitos seguem detidos enquanto as investigações avançam.