MPMS pede soltura de tatuador preso por quebrar medida protetiva
Promotor alega que inquérito foi arquivado por falta de provas
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu que seja revogada a prisão do tatuador Leandro Coelho Marques, em cárcere desde 19 de fevereiro, acusado de descumprir medida protetiva contra a ex-companheira.

Isso porque o inquérito que deu origem a ação, que corre na 1ª Vara de Violência Doméstica, foi arquivado por insuficiência de provas que sustentem a versão apresentada pela vítima. A única testemunha ouvida não estava presente no momento em que teria ocorrido a quebra da medida protetiva.
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Além disso, segundo a promotoria, “em relação ao suposto delito de violação de domicílio, apesar de a vítima relatar que encontrou parentes do investigado dormindo em sua residência, a vítima não qualifica os autores e também não informa ou manifesta discordância com a entrada e permanência destes na casa”.
Leandro não foi interrogado, pois estava preso. “Desse modo, verifica-se a fragilidade dos indícios suficientes de autoria, prejudicando assim a apuração dos fatos”, finaliza Paulo Henrique Camargo Iunes.
A história de Leandro ganhou notoriedade em fevereiro de 2023, quando foi vítima de ataque da ex-namorada, hoje presa. Ele teve o rosto atingido por ácido, fato que culminou na perda de um dos olhos e comprometeu 100% da visão. Inclusive, esta foi a base para pedido de soltura apresentada na semana passada pela defesa do tatuador.