Saiba como adotar ou apadrinhar Maria, bebê de 40 dias que perdeu a mãe
Juiz fala sobre recém-nascida que veio ao mundo com graves problemas de saúde e está internada em hospital de Campo Grande
Maria. É assim que a recém-nascida com pouco mais de 40 dias que perdeu a mãe após o parto está sendo chamada. Em entrevista ao Bom Dia MS desta quinta-feira (12), o juiz Maurício Cleber Miglioranzi Santos, que atua na área da infância e da adolescência de Corumbá, falou sobre a dificuldade de encontrar um lar para a bebê.

“Essa é a realidade que permeia o sistema nacional de adoção em todo o nosso Brasil. Nós temos a realidade dessa bebê que estamos chamando de Maria que veio a perder a mãe logo após o parto. Apesar das buscas realizadas dentro do sistema nacional de adoção, temos encontrado dificuldade na identificação de casais ou pessoas individualmente interessadas em adotá-la em vista das necessidades especiais que provavelmente ela vai apresentar”, relatou.
A mãe biológica faleceu poucos dias depois do parto, mas não havia passado pelo pré-natal uma única vez sequer. Com isso, a bebê nasceu com graves problemas de saúde e está internada no Hospital Universitário de Campo Grande, em estado crítico.
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Segundo o magistrado, 14 casais habilitados para o perfil da recém-nascida foram detectados no sistema nacional de adoção, porém, nenhum demonstrou interesse neste caso.
“O cadastro nacional de adoção permite que os pretendentes à adoção elenquem algumas condições de saúde e outras das quais se enquadram o desejo deles como pais. Isso acaba causando a conhecida disparidade de números entre grande número de pessoas que pretendem adotar e, por outro lado, o número ainda maior de crianças e adolescentes que moram nos abrigos justamente porque não se enquadram nos perfis eleitos pelos pretendentes à adoção”, destacou.
Santos explicou como é o processo se alguém estiver interessado em adotar a Maria.
“O primeiro requisito para adoção é a habilitação devida perante o Fórum de sua comarca, de modo que, havendo efetivo interesse na busca especificamente pela adoção da pequena Maria, cada interessado pode procurar o Fórum da sua comarca com documentos pessoais e receberá orientação para o início desse processo de habilitação. A gente conta sim que consigamos neste mês que comemoramos a difusão da adoção, encontrar casais ou pessoas individualmente interessadas em ser pais da pequena.”
Outra possibilidade é o apadrinhamento, de acordo com o juiz. “O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul é pioneiro nesse projeto de apadrinhamento, tanto afetivo quanto financeiro, de modo que procurando o Fórum da comarca de Corumbá, as pessoas poderão também ser padrinhos contribuindo de alguma forma, seja na assistência afetiva à criança, seja na assistência financeira”, concluiu.
Mais informações sobre a história da bebê podem ser obtidas pelo telefone (67) 98462-8245 ou pelo e-mail adocao.coordenadoria@tjms.jus.br .
Comentários (1)
A criança já encontrou um lar?