Sem provas, juiz arquiva ação contra eleitor que colou urna em MS
O caso ocorreu em Campo Grande logo nas primeiras horas do domingo, 2 de outubro.
Juiz eleitoral arquivou ação contra o jovem que foi preso durante o primeiro turno das eleições passadas após colar o teclado da urna eletrônica em que deveria ter votado. O caso ocorreu em Campo Grande logo nas primeiras horas do domingo, 2 de outubro.

“A ausência de justa causa para início de ação penal em desfavor do investigado, por parte do legitimado para o oferecimento da denúncia”, diz decisão de Marcelo Ivo de Oliveira, magistrado substituto da 8ª Zona Eleitoral.
Laudo pericial da Polícia Federal aponta que “não foram encontrados fragmentos de impressão digital em condições técnicas de confronto e individualização”.
Além disso, análise no aparelho celular do rapaz não revelou fato ou situação que indicasse planejamento do ato. O que ficou comprovado foi que Gabriel de fato passou cola na urna eletrônica.
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Mas, mesmo assim, o MPE (Ministério Público Eleitoral) se manifestou pelo arquivamento da ação, alegando “que não há diligências a serem requeridas no intuito de identificar o autor ou o motivo do crime em comento”. Manifestação, esta, acolhida pelo juiz.
Caso
Quem percebeu que o teclado da urna eletrônica estava com cola foi o eleitor que votaria na sequência. Ele comunicou aos mesários que acionaram a polícia. Gabriel conseguiu sair do prédio em que votava, mas acabou identificado e preso ainda naquele dia.
Morador do bairro Vilas Boas, mesma região em que vota, ele disse à PF que tomou tal atitude por não aguentar a polarização em que o Brasil estava, se referindo à disputa entre os então candidatos a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).