Serial killer que enterrava vítimas soma 120 anos de prisão
Cleber de Souza Carvalho, de 46 anos, alegou legítima defesa, mas acabou condenado a 24 anos e 5 meses de prisão pelo assassinato de Hélio Taíra
Em sua sétima vez no banco dos réus, Cleber de Souza Carvalho, de 46 anos, foi condenado a 24 anos e 5 meses de prisão pelo assassinato e ocultação do cadáver de Hélio Taíra, morto com golpes de enxada aos 76 anos, em novembro de 2016, em Campo Grande.

Esta é a maior pena já aplicada a um dos crimes do matador em série e um dos agravantes foi a idade da vítima. A reportagem apurou que a defesa de Cleber vai recorrer da decisão, argumentando que a confissão do réu sobre o crime não foi considerada como atenuante da pena.
Com essa condenação, as penas de Cleber somam aproximadamente 120 anos. Porém, o serial killer não deve permanecer todo esse tempo atrás das grades.
Isso porquê a legislação brasileira fixa em até 40 anos o tempo máximo para um condenado ficar preso.
Legítima defesa não convenceu os jurados
Diante do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Cleber alegou legítima defesa, mas a versão não convenceu os jurados. Cleber afirmou que discutiu com Hélio Taíra, após escutar o jardineiro mexendo com meninas a caminho da escola.
Hélio Taíra ficou desaparecido por quase quatro anos, até que sua ossada foi encontrada em maio de 2020. O próprio assassino, na época, indicou aos policiais onde enterrava as vítimas – sete, ao todo.
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Para localizar os restos mortais, foi feita uma força-tarefa, de dois dias, comandada pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), com a participação do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar uso de máquinas pesadas e até uma espécie de detector de cadáveres, equipamento originariamente usado para identificação de tipos de solo.