Servidora é condenada por áudio com críticas à primeira-dama de MT: 'bibelô... intrometida'
O caso teve origem em uma mensagem de áudio no WhatsApp
O Juizado Especial Criminal de Cuiabá condenou a servidora pública estadual Marisa Rodrigues Canavarros Infantino pelo crime de injúria contra a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes. A sentença foi proferida no dia 20 de março.
Marisa foi condenada ao pagamento de R$ 4 mil por danos morais, em razão de uma mensagem de áudio enviada por WhatsApp no dia 30 de junho de 2022, em que chamava Virginia de “intrometida” e a comparava a um “bibelô de prateleira de pensão de beira de estrada”.

A assessoria da primeira-dama informou à reportagem do Primeira Página que não irá se manifestar sobre a decisão.
Conforme a sentença do juiz Marcos Faleiros da Silva, Marisa Rodrigues Canavarros injuriou Virginia Mendes ao proferir palavras que menosprezavam sua atuação como primeira-dama, questionando sua postura em assuntos de governo, sua desenvoltura social e até mesmo seu estilo de se vestir.
“Eu nunca vi uma primeira-dama intrometer em assuntos de governo que não é da alçada dela como essa Virgínia intromete. […] , a Virgínia tem que ficar quieta no canto dela e cuidar da parte social do Estado de Mato Grosso, entendeu? Ela não tem que intrometer em discussão de Botelho (deputado). […] ela adora o holofote ela, nem sabe o que significa ser primeira-dama. […] falta de assessoria, falta de cerimonial, até falta um personal style para ensinar para ela como que se veste uma primeira-dama”, diz trecho da decisão.

O juiz considerou que ainda que a mensagem de áudio não tenha sido enviada diretamente à Virginia, ela tomou conhecimento das ofensas. Isso, é suficiente para configuração do delito de injúria na forma consumada, segundo a decisão.
“À toda evidência, a querelada [Marisa Rodrigues Canavarros] agiu com o desiderato de ofender os atributos morais da vítima, notadamente a qualidade de mulher, esposa e Primeira-Dama
do Estado”, diz trecho da decisão.