Acervo de Campo Grande conta com 25 mil gibis e quadrinhos

A sexta-feira chegou e com ela o tão esperado podcast literário semanal da Morena FM, “E aí, tá lendo O Quê?”. Nesta semana, os holofotes estão voltados para o mundo dos gibis, em uma edição especial que faz jus à semana que celebrou o dia dos quadrinhos.

Quem nunca mergulhou nas páginas coloridas de um gibi, especialmente durante a infância? Seja acompanhando as aventuras de super-heróis icônicos ou explorando mundos fantásticos repletos de criaturas extraordinárias, os gibis, que têm o poder de despertar a imaginação e alimentar o gosto pela leitura desde cedo.

? Ouça agora o episódio produzido e editado pela repórter Vivian Krajewski ?

E se você é daqueles que guarda com carinho suas antigas revistas em quadrinhos, vai se surpreender ao saber que em Campo Grande existe um verdadeiro tesouro para apaixonados desse universo. Um acervo com mais de 25 mil gibis e quadrinhos de diversas épocas está disponível para consulta e apreciação na cidade. 

Entre as relíquias guardadas, encontram-se exemplares raros que atravessaram décadas, além de lançamentos mais recentes que continuam a encantar leitores de todas as idades. Desde os clássicos heróis da Marvel e DC Comics até obras autorais e independentes, há gibis para todos os gostos e preferências.

“O gibi tem uma leitura colorida, curta, que prende a atenção das crianças. A criança, mesmo não sabendo ler, ela pega um gibi e conta sua própria história. Um gibi, como psicólogo que sou, serve também como uma maneira de você fazer um projeto de investigação e intervenção em psicologia. O Walt Disney você verifica que não tem uma família completa. Os personagens dele, todos do Walt Disney, são animais. Já quando você pega os gibis de Maurício Sousa, é um vínculo muito forte com a família. Quase sempre uma criança que gosta de gibis de Walt Disney são crianças que gostam de liberdade”.

Ronilço Guerreiro, criador do acervo.

Tudo começou com 120 gibis no ano de 1995. Hoje o acervo possui mais de 25 mil exemplares com quadrinhos de várias épocas, alguns até bem raros e outros mais recentes. O espaço recebe diariamente crianças de 4 a 12 anos.

“As crianças, primeiro, vêm pela curiosidade. Ela vê a coisa colorida, ela vê essa diversidade que a gente tem de gibi, e começa pela curiosidade. Muitas crianças que a gente tem aqui, que fazem as oficinas, não têm nem leitura, elas nem leem, mas o fato de estar com o gibi na mão, elas já interpretam a imagem, e elas contam as próprias histórias. Então começa com essa questão da ludicidade. A importância do gibi é para ter esse início de leitura, de despertamento da literatura, de despertamento dessa busca, até mesmo para quem gosta de desenhar, elas começam a fazer os primeiros rabiscos vendo os gibis, trabalhando com os gibis que a gente tem, ou produzindo os seus próprios gibis também aqui nas nossas oficinas.”

Wanick Correa, Quadrinista.

E para esse mundo mágico das HQ’s seguir vivo num mundo digital é preciso formar ilustradores de forma contínua.

“Em breve teremos aqui a incubadora de histórias em quadrinhos e arte digitais para gente poder também trabalhar esse lado mais profissionalizante, ensinar esses jovens a trabalhar com ilustração, trabalhar com rede social, então nossa ideia é trabalhar desde as crianças mesmo até o adolescente, tudo com ilustração, tudo com histórias em quadrinhos”.

Wanick Correa, Quadrinista.

Onde fica?

A ‘Gibiteca Mais Cultura’ está localizada na rua sacramento, n.º 800, no bairro Jardim Seminário. A exposição é de graça e aberta ao público de todas as idades.

Os atendimentos de grupos ou escolas podem ser feitos através do telefone: 3365-0405 ou 99115-0283.