Alerta de desmatamento na Amazônia de MT cai 38% neste ano
Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real; pico foi em fevereiro
Mato Grosso teve uma queda de 38,6% nos alertas de desmatamento da Amazônia nos 5 meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15) pelo governo do estado, que usou como fonte o Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Os alertas de desmatamento em 2023 somaram uma área 447,1 km², enquanto no ano passado eram 728,8 km². A atualização do sistema está até o dia 5 de maio deste ano. A redução representa 38,66%.
O estado teve uma queda de 71% alertas de desmatamento da Amazônia mês de abril de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. No entanto, os alertas se mantiveram semelhantes em relação a março deste ano.
O Deter aponta que em 2022 os alertas de desmatamento com solo exposto, no mês de abril, foi de 249 km² de área. Já neste ano, foram registrados 80 km².
No comparativo aos meses deste ano, os dados mostram que Mato Grosso teve pico de alerta em fevereiro, quando foram registrados 161,8 km². Seguido por março 79,5 km², e com uma leve alta abril 80,1km².

O Inpe faz um levantamento rápido de alertas para apontar onde está ocorrendo o desmatamento e apoiar a fiscalização. Os dados consolidados são divulgados anualmente pelo Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite).
Para o secretário-executivo da Sema-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), Alex Marega, os dados que apontam redução sinalizam resultado das ações de combate ao desmatamento ilegal.
No entanto, Mato Grosso não considera os dados absolutos, pois mais da metade da supressão tem autorização ambiental.
Segundo o governo estadual, no primeiro trimestre de 2023, 51% da supressão do bioma amazônico mato-grossense foi feita de forma autorizada, atendendo aos critérios legais que permitem a abertura de 20% da propriedade e a preservação de 80%.
Combate ao desmatamento ilegal
Conforme o Estado, para fechar o cerco contra os infratores, a Operação Amazônica trabalha no combate ao desmatamento com cerca de 200 servidores atuando nas regiões com maior pressão por desmatamento.
Nos últimos quatro anos, o investimento na prevenção e combate ao desmatamento ilegal e incêndios florestais chegou a R$ 180 milhões, com 27 mil alertas de desmatamento atendidos e R$ 5,2 bilhões em multas ambientais aplicadas.