Município de MS é o 2º mais atingido por queimadas em 2024
Brasil contabilizou um aumento de 90% na área queimada em comparação ao mesmo período de 2023
O município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, aparece como o segundo mais atingido do país, com 837 mil hectares queimados. Entre janeiro e novembro de 2024, o Brasil contabilizou um aumento de 90% na área queimada em comparação ao mesmo período de 2023.
Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Monitor do Fogo, da rede MapBiomas, 29,7 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo, a maior extensão registrada nos últimos seis anos desde a criação do monitor.
A área queimada em 2024 equivale ao território do estado do Rio Grande do Sul. Em relação ao ano anterior, houve uma diferença de 14 milhões de hectares, uma superfície comparável ao tamanho do Amapá.
São Félix do Xingu, no Pará, lidera o ranking com 1,47 milhão de hectares incendiados.
As queimadas impactaram significativamente biomas de grande importância ecológica.
Confira as áreas queimadas em 2024:
- Cerrado: 9,6 milhões de hectares (8,2 milhões em áreas de vegetação nativa);
- Pantanal: 1,9 milhão de hectares;
- Mata Atlântica: 1 milhão de hectares;
- Pampa: 3,3 mil hectares;
- Caatinga: 297 mil hectares.
De acordo com o levantamento, 73% das queimadas ocorreram em áreas de vegetação nativa, enquanto 25% atingiram florestas.
As áreas de pastagem também foram bastante afetadas, com 6,4 milhões de hectares queimados, representando 21% do total nacional.
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Ação do fogo em novembro
Apesar do arrefecimento da estação do fogo em novembro, os números ainda foram superiores aos do mesmo mês em 2023.
Em novembro, 2,2 milhões de hectares foram queimados, o equivalente ao território do estado de Sergipe.
Mato Grosso do Sul
Com três biomas em seu território – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica –, o Mato Grosso do Sul enfrenta desafios expressivos na preservação ambiental.
O estado abriga a maior área contínua de Mata Atlântica no interior do país e 65% do Pantanal, a maior planície inundável do mundo, com cerca de 140 mil km².
Os dados do Monitor do Fogo reforçam a necessidade de ações eficazes para prevenir e mitigar os impactos das queimadas nos ecossistemas brasileiros, que desempenham papel crucial na regulação climática e na conservação da biodiversidade.
