Governadores de MS, MT e 18 estados afirmam que alta da gasolina é ‘problema nacional’
O preço da gasolina continua pesando no bolso dos motoristas e o jogo de empurra-empurra entre governo federal e unidades da federação sobre essa questão teve mais um capítulo. Em nota divulgada nesta segunda-feira (20), governadores de 20 estados, incluindo Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Mauro Mendes (Mato Grosso), afirmaram que o problema […]
O preço da gasolina continua pesando no bolso dos motoristas e o jogo de empurra-empurra entre governo federal e unidades da federação sobre essa questão teve mais um capítulo. Em nota divulgada nesta segunda-feira (20), governadores de 20 estados, incluindo Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Mauro Mendes (Mato Grosso), afirmaram que o problema não está no ICMS, um dos impostos que incidem sobre o combustível.

“Nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa”, segundo a nota.
Os governadores finalizam o texto dizendo que “falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema.”
Além de Reinaldo Azambuja e Mauro Mendes, assinaram a nota os seguintes governadores: Rui Costa (Bahia), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Flávio Dino (Maranhão), Helder Barbalho (Pará), Paulo Câmara (Pernambuco), João Doria (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Camilo Santana (Ceará), João Azêvedo (Paraíba), Renato Casagrande (Espírito Santo), Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Renan Filho (Alagoas), Belivaldo Chagas (Sergipe), Ibaneis Rocha (Distrito Federal) e Waldez Góes (Amapá).
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Sete governadores não assinaram a carta: Carlos Moisés (Santa Catarina); Ratinho Júnior (Paraná); Mauro Carlesse (Tocantins); Marcos Rocha (Rondônia); Antonio Denarium (Roraima); Wilson Lima (Amazonas); e Gladson Cameli (Acre).
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O preço médio do litro da gasolina teve alta pela 7ª semana consecutiva, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Em Campo Grande, por exemplo, o litro da gasolina pode ser encontrado de R$ 5,789 até R$ 6,099. Em outras cidades sul-mato-grossenses, o preço está ainda mais salgado. Em Dourados, o litro da gasolina varia de R$ 5,94 a R$ 6,16; em Corumbá, vai de R$ 6,45 a R$ 6,49; e Três Lagoas tem o preço mais caro da gasolina: o litro pode custar até R$ 6,49.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem afirmado que os preços da gasolina e do diesel cairiam se os estados reduzissem o ICMS. De acordo com especialistas, a desvalorização do real frente ao dólar é o principal motivo da alta nos preços dos combustíveis.
Na semana passada, durante audiência na Câmara dos Deputados, o presidente da Petrobras, general da reserva Joaquim Silva e Luna, declarou que a estatal não repassa oscilações pontuais dos preços internacionais do petróleo para o valor dos combustíveis no Brasil.