'Perdeu mané': Câmara de Cuiabá homenageia mulher que pichou estátua da Justiça
A proposta foi apresentada pelo vereador tenente-coronel Dias (Cidadania) e aprovada com 17 votos favoráveis e uma abstenção
A Câmara de Vereadores de Cuiabá aprovou, nesta quinta-feira (27), uma moção de apoio à cabeleireira Débora Rodrigues Santos — investigada por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça, durante os ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023, em Brasília.

A proposta foi apresentada pelo vereador tenente-coronel Dias (Cidadania) e aprovada com 17 votos favoráveis e uma abstenção.
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Débora Rodrigues foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por quatro crimes e está presa desde março de 2024. Ela é casada e tem dois filhos, de 8 e 10 anos.
Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tornou público uma carta escrita por Débora em novembro do ano passado. Ela pediu perdão por ter pichado a estátua e alegou que não fazia ideia do bem financeiro e simbólico.
O STF iniciou o julgamento de Débora e ela pode ser condenada a 14 anos de prisão e pagamento de R$ 30 milhões. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou nesta sexta-feira (28) ao STF, um parecer favorável à concessão de prisão domiciliar para Débora.
O vereador tenente-coronel Dias, defendeu que Débora está sendo acusada “de forma injusta e desproporcional”. Disse ainda que ela estava apenas se manifestando.

“Ela errou sim! Mas, infelizmente, a gente está vendo uma desproporcionalidade na acusação a essa mulher, mãe de família, cabeleireira, esposa de um pintor. Por isso, eu gostaria e peço apoio dos vereadores para que nós estejamos ao lado dessa mulher nessa pena que, na nossa opinião é desproporcional”, disse durante à sessão.
Confira abaixo o voto de cada vereador

Pelo que Débora é acusada?
A acusada foi denunciada pela PGR pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
A Primeira Turma do Supremo iniciou, na semana passada, o julgamento de Débora. O ministro Alexandre de Moraes, o relator do caso, votou para condená-la a 14 anos de prisão. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes leu a carta.
O julgamento foi suspenso, após o ministro Luiz Fux pedir vista, ou seja, solicitar mais tempo para avaliar o caso.
No parecer favorável à concessão de prisão domiciliar para a cabeleireira Débora, Gonet defendeu que ela tem dois filhos menores de idade e, de acordo com legislação penal, ela tem direito ao benefício.
Comentários (5)
….mas uma na Câmara dos horrores….afinal pra que serve mesmo esse lugar ???? Homenagear bandidos ???? Legal…..vou evitar passar pelas imediações, pous tenho medo de ser atingida por balas perdidas
ela não passa de uma desocupada, igual os que agora a apoiam perdendo tempo e gastando nosso dinheiro a tôa
tantas maneiras de maniferstar ! igual os que agora a apoiam perdendo tempo e gastando nosso dinheiro a tôa esse é o Brasil
Na realidade estão é apoiando o ato desta mulher com essa menção, outra coisa são vereadores de Cuiabá sem ter o que fazer? Vai para os hospitais lutarem por mais saúde
Ridículo, uma câmara apoiar um ato desse, nosso país está cada vez ridicularizado por os que estão no poder, não vão TRABALHAR, o que deveriam fazer pela melhoria do bem estar dos cidadãos e sim parar para apoiar um ato de quem não tem o quê fazer.