Amplificador da ansiedade, burnout pode ser driblado com 3 técnicas

Enquanto ansiedade aparece como palavra mais pesquisada do ano, doença ocupacional segue o rastro e coloca Brasil em 2º lugar entre países com mais diagnósticos

Em pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Ideia em parceria com duas empresas, a palavra do ano é “ansiedade”. Seguindo o mesmo rastro das complicações de saúde mental, está o Burnout, que além de acometer 30% da população mundial, coloca o Brasil em 2º no ranking de campeões com maiores diagnósticos.

BURNOUT E ANSIEDADE
Burnout coloca Brasil no 2º lugar no ranking de pessoas com doença ocupacional. (Foto: reprodução/internet)

As informações são da Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), que destaca que a doença ocupacional é reconhecida e classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e que configura a doença cada vez mais como a busca por resultados rápidos.

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A partir disso, são empregados esforços contínuos para manter a alta performance. Para isso, os trabalhadores têm estado expostos a rotinas exaustivas e esgotamento físico, a fim de oferecer alta competitividade e resultados constantes. 

A psicóloga Jacqueline Sampaio, que já passou por pelo menos 15 países com destaque ao tema, esclarece que no Brasil, a cultura de prevenção contra o estresse crônico ainda é pouco incentivada e quando as pessoas procuram ajuda, é porque já estão altamente prejudicadas. 

A partir disso, a profissional orienta que é possível evitar o burnout, buscando o equilíbrio entre produtividade e práticas que promovam bem-estar físico e emocional. Afinal, para ela, “performar em alto nível exige mais do que esforço, mas também respeito pelas necessidades emocionais e físicas. Sem isso, corremos o risco de ser engolidos pela exaustão”, pontua.

Mas, afinal, como driblar o burnout?

Vamos às dicas?

1. Desacelere para avançar mais rápido!

 O segredo para performar em alto nível não significa se tornar uma ‘máquina de fazer’, afinal, parar é estratégico. Crie intencionalmente momentos de pausa no meio do caos. Sem pausas estratégicas, a fadiga cognitiva se acumula, reduzindo sua capacidade de atenção e criatividade, o que pode levar à estagnação e ao esgotamento.

2. Não dê chances ao seu autossabotador!

Sabe aquela voz interna que insiste em dizer “só mais isso e depois eu descanso”? Tenha clareza de que esse tipo de pensamento não é seu aliado, mas, na verdade, um mecanismo de autoproteção mal calibrado. Crenças distorcidas sobre produtividade, como frases motivacionais que explicitam “descansar com tarefas pendentes é preguiça” ou que “o sucesso exige sacrifício constante”, podem revelar algum medo disfarçado de produtividade e esse pode ser um fio condutor ao Burnout.

3. Estabeleça limites claros!

Defina horários fixos para começar e terminar o trabalho, assim é possível separar entre o momento de produtividade e vida pessoal. Isto porque, ao estabelecer entradas e saídas, por exemplo, é possível sinalizar ao cérebro que, em determinado momento, é hora de focar e, em outra hora, de relaxar.  Sem esses limites, o trabalhador corre o risco de viver para trabalhar, em vez de trabalhar para viver.

Ansiedade e doenças de saúde mental, o mal do século?

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, o que representa cerca de 9,3% da população.

A 9ª edição da pesquisa conduzida pela CAUSE, em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA e PiniOn, mostra que a palavra do ano dos brasileiros foi “ansiedade”. Conforme o levantamento, o termo liderou, com 22% das menções. 

Além disso, o levantamento destacou que o Brasil é o 2º país que mais buscou a palavra no Google, com os termos “sintomas de ansiedade” e “como lidar com a ansiedade”.

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