Santa Casa: caos deve continuar, apesar de repasses milionários

O impasse levou a um novo encontro entre os representantes do município e do hospital, na tarde desta sexta-feira (28)

Prefeitura e Santa Casa ainda tentam chegar a um consenso para resolver o repasse de verbas para o hospital e, consequentemente, a superlotação, que, nos últimos dias, virou até caso de polícia. O impasse levou a um novo encontro entre os representantes do município e do hospital, na tarde desta sexta-feira (28)

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Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Em reunião, o hospital e o município firmaram um acordo de responsabilidade para que o atendimento voltasse de imediato. No entanto, o atendimento só deve ser totalmente normalizado em duas semanas. Um plano de contingência também foi colocado em ação para acabar com a fila de espera.

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Durante a reunião, nesta quinta-feira (27), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande se comprometeu a pagar, a partir de abril, um aditivo no contrato com a Santa Casa no valor de R$ 1 milhão.

Por mês, como valor pré-fixado, o município repassa à Santa Casa aproximadamente R$ 5 milhões. Esse contrato terminou em 2024, mas foi prorrogado por 60 dias.

Nessa prorrogação, o município já tinha se comprometido a aumentar o repasse para R$ 6 milhões. O contrato foi prorrogado pela segunda vez, por mais seis meses.

A partir do mês que vem, o município vai repassar para a Santa Casa:

  • Abril – R$ 2 milhões relativos a fevereiro e março;
  • Maio – R$ 2 milhões relativos a abril e maio;
  • Junho – R$ 1 milhão relativo ao mês corrente.

A superlotação na Santa Casa foi anunciada no começo desta semana, quando mais de 80 pacientes chegaram a ficar nos corredores, segundo o hospital. Nesta semana, um grupo de médicos chegou a registrar um boletim de ocorrência sobre a situação.

No boletim de ocorrência, os profissionais relataram que cerca de 70 pacientes corriam risco porque não conseguiam fazer cirurgias devido à falta de materiais necessários.

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Comentários (1)

  • Nilda Maior

    Já passou da ora, de se fazer uma investigação na gestão desta instituição, pois, entra gestor, sai gestor e o caos continua!!

    Há algo de podre no reino da Dinamarca” é uma frase da peça Hamlet, de William Shakespeare.

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